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Mercenário? Jadson se assusta com críticas de corintianos na internet

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25/01/2017 04h00

Depois de cerca de 14 horas de voo em seu retorno ao Brasil, vindo da China, Jadson aproveitou uma escala em paris para ligar o celular e acessar a internet. Teve uma surpresa negativa. Parcela da torcida do Corinthians o chamava de mercenário em diferentes fóruns e pedia para que ele seguisse no futebol chinês, pouco depois da rescisão contratual com o Tianjin Quanjian.

Apesar de muitos torcedores pedirem seu retorno, o meia ficou assustado com a rejeição parcial, de acordo com gente próxima a ele. Quem convive com o jogador diz que a preferência declarada pelo Corinthians se justifica pelo fato de ele conhecer o clube e ser ídolo da torcida, o que facilitaria a readaptação ao futebol brasileiro. E que as ofensas o fizeram enxergar outro lado da moeda e pensar com mais cuidado se vale, por exemplo, recusar uma oferta financeiramente melhor para retornar ao alvinegro.

A reação negativa de parte da Fiel aconteceu por causa do noticiário a respeito de seus empresários terem pedido luvas de R$ 10 milhões para concretizarem a transferência. Os agentes do jogador negam que essa tenha sido a pedida, mas não falam sobre valores da negociação, que segue em andamento.

Nos bastidores, representantes do meia declaram existirem outros clubes interessados no atleta. Um deles, o Atlético-MG, já teria oferecido mais do que o time paulista. O Corinthians vive acentuada crise financeira e espera que a afinidade de Jadson com o clube pelo qual foi campeão brasileiro em 2015 pese.

Apesar da surpresa com as críticas feitas por parte dos torcedores, Jadson já havia sido chamado de mercenário na internet por torcedores descontentes com a sua ida para o futebol chinês.

Na noite desta terça, os comentários mais recentes na conta do jogador no Twitter eram de apoio dos corintianos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.