Caixa dispensa Corinthians também de pagar juros de dívida até abril
Em abril do ano passado o Arena Fundo de Investimento Imobiliário, que fica com as rendas dos jogos no estádio corintiano e que na prática faz os pagamentos do financiamento de R$ 400 milhões junto ao BNDS, deixou de quitar a dívida principal com a concordância da Caixa. Passou a pagar apenas juros. Porém, em novembro de 2016 a Caixa autorizou que nada fosse pago até abril de 2017.
A suspensão acontece no momento em que as partes finalizam detalhes de um acordo para aumentar o prazo do pagamento da dívida de 12 anos para 20 anos, diminuindo o valor mensal que atualmente é de cerca de R$ 5,7 milhões.
Apesar de a carência já estar em prática, o fundo ainda precisa assinar papéis relativos à ela. Para isso, haverá reunião no próximo dia a 8. A ata de convocação do encontro afirma que a assembleia vai deliberar sobre instrumentos exigidos pela Caixa, incluindo o contrato com o BNDES. O documento cita também que será discutida a assinatura de adendos que vão permitir a implantação de condições impostas pela Caixa, como "condição de eficácia para concessão de carência total (juros e amortizações) do serviço da dívida do financiamento por seis meses, com início em 15 de novembro de 2016 e final em 15 de abril de 2017".
A condição de eficácia é a contrapartida exigida pelo banco para conceder a carência, mas ela não foi detalhada na ata. Uma reunião prévia entre os cotistas (uma das empresas da Odebrecht e Corinthians) aconteceria na terça-feira para discutir o tema mas foi cancelada.
Procurada, a Caixa respondeu que "as operações envolvendo a Arena Corinthians são protegidas por sigilo bancário, conforme prevê a lei complementar 105/2001, motivo pelo qual não irá se manifestar".
Emerson Piovezan, diretor financeiro do Corinthians, não respondeu à mensagem enviada pelo blog na última terça sobre o assunto.
Abaixo veja reprodução de edital que cita a carência concedida pela Caixa.
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