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Ex-vice revela mágoa com diretoria e deixa voto em aberto no São Paulo

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04/02/2017 09h10

Júlio Casares, ex-vice-presidente do São Paulo, era apontado como um dos possíveis candidatos à presidência tricolor. Porém, ele não lançou candidatura. Agora, conselheiros ligados aos três postulantes ao cargo na eleição de abril (Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, atual presidente, Roberto Natel e José Eduardo Mesquita Pimenta) afirmam contar com seu apoio.

Mas em depoimento ao blog, ele negou ter definido quem vai apoiar. Revelou ainda mágoa com membros da gestão comandada por Leco por se considerar alvo de disparos enquanto era cotado para ser candidato, apesar de ser coordenador do partido político do presidente.

Abaixo, veja o posicionamento de Casares em relação à disputa eleitoral.

"Minha prioridade é o trabalho profissional. Posso apoiar o Leco, mas sentar ao lado de pessoas que me bateram apenas quando fui cogitado (como candidato) é muito difícil. Ou seja, um obstáculo que podemos superar. Eles estão ao lado do presidente. Veja o que fizeram na apresentação do Rogério Ceni (Casares atribui a aliados do presidente comentários de que teria ido ao evento para fazer campanha). Discutiremos dentro do partido.

Fizeram reuniões (comandadas por Leco para discutir a eleição) sem os coordenadores (dos grupos situacionistas). Causou incomodo. Desconforto. Leco gentilmente explicou. Foi uma reunião adulta e respeitosa. Levarei tudo isso para a discussão interna.

Estou muito decepcionado com algumas pessoas que sempre conviveram comigo. Fogo amigo ou fogo inimigo travestido de amigo. Mas tudo pode ser reconciliável. Quem bate esquece, quem apanha, jamais.

Defendo um pacto de gestão entre todos. Pode ser uma pregação no deserto. Continuarei dizendo. O clube tem 15 grupos. Todos importantes. O meu (Participação) é muito forte. Só pertenci a ele desde 2002. Mas o principal partido é o São Paulo.

Precisamos conhecer os programas dos candidatos. Isso é democrático. Todos os candidatos têm que se comprometer com o planejamento e autonomia do Rogério Ceni. Ele deve ter o apoio e o compromisso prévio de todos.

Todos os candidatos devem apresentar seus programas. Caberá a conselheiros e partidos analisarem as propostas. Elas devem ser mais preponderantes do que os nomes".

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.