Opinião: contratar Bruno é comprar uma grande crise
Se eu fosse dirigente jamais contrataria Bruno. Não por pré-julgamento ou preconceito. Nem chegaria a analisar se o goleiro é ou não culpado por matar Eliza Samudio, o que não seria minha atribuição. Tampouco tentaria avaliar o caráter dele e sua possível influência no grupo.
Eu barraria a contratação antes de pensar nesses aspectos. A ideia seria descartada ao tentar responder a duas perguntas iniciais: que tipo de prejuízo a presença do ex-flamenguista pode trazer ao clube? Sua condição técnica trará benefício que compense esse eventual mal?
A resposta para primeira é clara. Contratar Bruno significa levar para o clube uma grande crise que não pertence a ele. Quando estiver em entrevistas coletivas por seu time, o arqueiro terá que responder a perguntas sobre a acusação de assassinato. Seus colegas e treinador também.
Mas a parte pior é a certeza de que o goleiro será muito vaiado e xingado pelos torcedores rivais. Essa pressão pode gerar nervosismo e causar erros durante as partidas. E não só dele. Há a chance de companheiros serem afetados também. E a equipe do Boa corre o risco de ser muito hostilizada por onde passar. A repercussão nas redes sociais em relação à contratação indica isso.
A segunda indagação também não é difícil de se responder. Bruno é agora uma incógnita como goleiro. Ficou muito tempo parado e não se sabe o estrago que isso pode ter feito. Vai precisar de tempo pra tentar se recuperar. Logo não é seguro que ele traga benefício técnico para o Boa capaz de compensar todos os efeitos colaterais. Melhor optar por um jogador em atividade de quem se conhece o real potencial e que não venha com um pacote .
E há ainda a situação jurídica do reforço da equipe de Varginha. Bruno recorre à condenação em liberdade. Ou seja, pode voltar a ser preso, o que significa o risco de ter de abandonar o elenco de uma hora para outra.
Por tudo isso, não daria nem tempo de eu pensar na colocação do momento entre os que defendem o reforço escolhido pelo Boa: todo mundo merece uma segunda chance. Esse não é o ponto.
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