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Opinião: FPF mata o Paulistinha ao beneficiar São Paulo com 2 jogos em casa

Perrone

30/03/2017 14h28

A Federação Paulista matou a credibilidade de seu principal campeonato ao beneficiar o São Paulo com dois jogos no Morumbi contra o Linense nas quartas de final do Estadual.

Inversão de mando é uma das práticas mais condenáveis no esporte. Já aconteceu antes no Paulista e foi repugnante​ do mesmo jeito.

E se um ou mais dos outros três grandes apanharem no interior e acabarem eliminados? Será justo se isso acontecer e o São Paulo passar para as semifinais?

Caso os quatro principais clubes paulistas se classifiquem será certo o São Paulo ter o desgaste de uma partida fora de casa a menos?

O equilíbrio da competição foi aniquilado.

Pior será se os outros seis times vivos no campeonato não protestarem.

Se o Linense quer ganhar mais dinheiro que procure um estádio maior fora da capital. O clube não possui uma casa em condições de receber o jogo? Então, deveria ter sido barrado do campeonato.

Só não poderia dar um mando de presente pro São Paulo em troca de dinheiro. É um gesto ético favorecer seu concorrente e ainda botar uma grana no bolso? Na minha opinião não é.

A FPF tinha a obrigação de impedir isso, mas preferiu tratar o campeonato como um torneio interno de colégio. Até intercolegial costuma ter mais cuidado com mandos de jogos.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.