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Corinthians conta com avanço em mata-mata para compensar público na arena

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04/04/2017 11h42

O Corinthians viu sua média de público pagante como mandante na primeira fase do Paulistão cair de 28.939 por jogo em 2016 para 20.935,3 na atual temporada, de acordo com os boletins financeiros dos jogos.

A renda bruta (sem descontar as despesas) média em casa desceu de R$ 1.503.254,18 para R$ 991.215.83.

Contra o Novorizontino, pela primeira fase do Paulista atual, a Arena Corinthians registrou o pior público da sua história em jogos do time profissional: 11.708 pagantes. A marca representa pouco mais da metade da menor presença de torcedores na casa alvinegra na etapa de grupos do Estadual do ano passado. Ela foi de 22.029 pagantes diante da Ponte Preta.

 Em 2017, apenas em duas das seis partidas da primeira fase do Paulista o público foi superior a 19 mil pessoas. Isso só aconteceu nos clássicos contra Palmeiras (30.727 pagantes) e Santos (36.111 torcedores). Na temporada anterior, a marca dos 30 mil pagantes na arena foi superada contra XV de Piracicaba, Linense, São Paulo e Novorizontino. Ou seja, na metade das atuações em Itaquera na etapa inicial.

Diante da queda demonstrada pelas comparações, o discurso corintiano não é de preocupação por enquanto. A expectativa é de que o clube siga avançando no Paulista e na Copa do Brasil para compensar públicos considerados fracos.

"Como venho informando há anos, o Corinthians trabalha na questão da venda de ingressos se planejando para uma temporada, não para um jogo. Precisamos esperar a temporada acabar para avaliar nosso desempenho", afirmou Lúcio Blanco, gerente de operações da Arena Corinthians.

Indagado sobre quais as médias de público e renda projetadas pelo clube para a atual temporada, ele afirmou que os números não podem ser divulgadas.

Não custa lembrar que as rendas dos jogos são importantes para o pagamento da dívida pela construção do estádio.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.