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Preparador explica que deslocamento e clima não preocupam Brasil na Copa

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13/04/2017 09h48

Em seu planejamento para a Copa da Rússia, a comissão técnica da seleção brasileira concluiu que deslocamentos entre as sedes e diferenças de temperaturas de uma cidade para a outra não preocupam. Por isso a escolha da base da equipe de Tite terá pouco a ver com a localização e muito com a estrutura do local e da cidade.

"A maior viagem que uma seleção pode ter que fazer durante a competição é de cerca de três horas e meia de voo, entre Kaliningrado e Ecaterinburgo. Como na Copa tudo é feito com avião fretado, não existe aquele desgaste de aeroporto, por isso serão viagens simples, dentro do que já estamos acostumados. Não existe nenhuma preocupação especial" afirmou ao blog, Fábio Mahseredjian, preparador físico da seleção.

Diferentemente do que aconteceu na Copa de 2014, quando a seleção deixou o frio de sua concentração em Teresópolis para encarar temperaturas bem mais altas, como em Fortaleza, a expectativa para 2018 é de pequenas variações.

"Com a temperatura não temos nenhuma preocupação porque a previsão é de que ela varia entre 18 graus e 22 graus nas cidades dos jogos durante a Copa. Bem mais tranquilo do que acontece no Brasil em que muitas vezes você joga no frio do Sul na quarta-feira e no calor do Nordeste no domingo. A atenção que vamos ter na Rússia é só com a umidade (relativa do ar), que sempre temos", afirmou o preparador.

Sem prever dificuldades com deslocamento e temperatura, o alvo da comissão técnica passou a ser uma grande cidade russa para receber o QG da seleção. "Estamos pensando na estrutura e no interior da Rússia as coisas são mais duras", disse Mahseredjian.

A estratégia, coloca Moscou e São Petersburgo naturalmente como favoritas para se transformarem em casa do time do Tite. São as duas maiores cidades russas.

Na semana passada, Mahseredjian e Edu Gaspar, coordenador técnico da seleção, estiveram em São Petersburgo avaliando instalações disponíveis.

A comissão técnica quer garantir também conforto aos familiares dos jogadores que irão acompanhar o Mundial, o que é mais fácil em cidades com melhor estrutura.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.