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Como Crefisa, Cuca e vestiário viraram argumentos para queda de Baptista

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05/05/2017 13h25

Além de querer aproveitar a chance de realizar uma mini-temporada com um novo treinador, como mostrou o UOL Esporte, a diretoria do Palmeiras foi pressionada por conselheiros a demitir Eduardo Baptista com argumentos que envolviam o clima no vestiário, a defesa do time, a Crefisa e Cuca.

Os críticos de Baptista bateram na tecla de que o treinador perdeu o controle do vestiário. Na visão deles, não era respeitado por parte dos jogadores como deveria e não conseguia manter a ordem. Por conta disso, alguns atletas não corriam por ele, na opinião desses conselheiros, de diferentes correntes.

A pressão contra Baptista também inclui contas sobre o número de gol tomados: dez nos últimos cinco jogos. O cálculo foi usado para dizer à direção que Baptista não conseguiu arrumar o setor defensivo.

José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa e da FAM, também teve seu nome citado na avalanche de argumentos contra a permanência de Baptista. Conselheiros afirmaram aos dirigentes que temiam a irritação do patrocinador. Ele investiu pesado na formação do time, que não rendia o esperado. O descontentamento poderia gerar atrito com o empresário. Lamacchia tem boa relação e linha direta com o presidente do clube, Maurício Galiotte.

Para completar a tese favorável à saída de Baptista, conselheiros espalharam no clube que Cuca estaria disposto a retornar ao alviverde. Até o fato de ele manter amizade com os atletas que comandou no ano passado foi usado como sinal de interesse em voltar.

Membros do conselho não têm poder para definir troca de técnico. Mas manter bom relacionamento com a maioria deles é importante para o presidente ter paz ao administrar o clube.

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UOL Esporte

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.