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Opinião: patrocinadores devem ser mais exigentes após fala de Cuca

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04/06/2017 10h05

As declarações de Cuca sobre o time titular atual do Palmeiras ser mais fraco que o do ano passado e o pedido por um novo atacante convidam os donos da Crefisa e da FAM (Faculdade das Américas) a refletirem e questionarem a direção do clube.

Na opinião deste blogueiro, o casal José Roberto Lamacchia e Leila Pereira deve buscar respostas para as seguintes perguntas:

Como pode um time que trouxe para esta temporada Borja e Willian precisar tanto de mais um atacante?

Quem avaliou que Borja valia os cerca de R$ 32 milhões investidos pelos patrocinadores, fora ajuda com salários e luvas? Houve erro de avaliação?

Como pode um pacote de reforços que custou mais de R$ 70 milhões não ser suficiente para satisfazer o atual treinador? Cuca é exigente demais ou o Palmeiras pagou mais do que alguns jogadores valiam?

A direção do clube é criteriosa quando define quem contratar e quanto pagar ou age com desleixo quando se trata de dinheiro alheio?

Claro que os milhões são dos empresários e eles fazem o que bem entendem com cada nota. Mas ninguém, nem o mais rico e apaixonado dos torcedores, gosta de colocar freneticamente dinheiro em um saco sem fundo. E nem de dormir acreditando que investiu uma dinheirama num planejamento perfeito e acordar com alguém apontando falhas e pedindo ainda mais.

Nesse cenário, a fala de Cuca serve para os patrocinadores palmeirenses serem mais exigentes antes de assinarem os cheques. Afinal, ele têm duplo interesse: no próprio dinheiro e no clube do qual são também conselheiros.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.