Corinthians discute usar receitas do Fiel Torcedor em dívida da arena
O Corinthians costurou acordo com a Caixa Econômica Federal e a Odebrecht para quitar parte da dívida pela construção de seu estádio com as receitas obtidas pelo Fiel Torcedor, seu programa de sócios para o futebol.
O blog obteve cópia de solicitação do presidente do clube para o tema ser incluído na reunião do Cori (Conselho de Orientação), marcada para a próxima segunda. No documento, Roberto de Andrade explica que a operação trata de refinanciamento referente à construção do estádio.
Ele informa que a convocação é para submeter ao Cori a "seguinte condição exigida pela Caixa Econômica Federal: "Cessão da totalidade das receitas presentes e futuras provenientes do Programa Fiel Torcedor até atingir um montante igual a R$ 50 milhões, podendo ser liberada a partir de março/19 caso tenham sido pagos 12 meses consecutivos de prestação mensal não customizada (juros mais amortização) e sem atrasos".
Em 2017, até 30 de junho, o alvinegro arrecadou R$ 9,2 milhões com Fiel Torcedor, loterias e premiações, de acordo com seu balancete oficial. Essas receitas são calculadas juntas.
Atualmente, o clube é obrigado a dar toda a sua receita de bilheteria para quitar o financiamento de R$ 400 milhões feito junto ao BNDES por meio da Caixa. No novo formato, teria que dar também o dinheiro obtido com as mensalidades pagas pelos sócios-torcedores.
Porém, enquanto negociava uma nova condição, passou a pagar desde abril de 2016, através do fundo responsável pela operação, só juros. Em novembro de 2016, a Caixa autorizou que nem os juros fossem pagos durante as negociações até abril de 2017.
Andrade também pediu que, caso o Cori aprove o acordo, o assunto seja imediatamente encaminhado para o Conselho Deliberativo dar ou não seu aval a fim de que o clube possa dar rápida resposta para a Caixa. Sem as aprovações o trato não será feito.
Por motivo de viagem, Andrade será representado na reunião por André Luiz Oliveira, 1º vice e presidente interino na ausência de Roberto. "Não sei detalhes do acordo ainda. Ainda vou ver isso. O que sei é que a Caixa pede mais uma garantia de pagamento para nós", afirmou o dirigente.
O tema já gera polêmica no Parque São Jorge. Parte dos integrantes do Cori teme que a mudança faça com que o clube não consiga mais substituir a Omni, responsável pelo Fiel Torcedor e alvo de críticas de conselheiros.
Veja a convocação da reunião do CORI
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