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Nas finanças, futebol palmeirense goleia o corintiano

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15/08/2017 08h49

Na tabela do Brasileirão, 14 pontos separam o líder Corinthians de seu maior rival, o Palmeiras. Nas finanças dos dois departamentos de futebol, também há um abismo financeiro. Mas, nesse caso, a vantagem é alviverde. Até 30 de junho, os palmeirenses registraram superávit de cerca de R$ 31 milhões com a modalidade em 2017. No mesmo período, os alvinegros amargaram déficit de R$ 17,8 milhões. Os números são dos balancetes oficiais das duas agremiações.

A marca negativa do clube presidido por Roberto de Andrade também impressiona se comparada com o número anotado pelo Corinthians em dezembro do ano passado. Na ocasião, o departamento de futebol apresentou superávit de R$ 59,2 milhões.

Na comparação entre os dois rivais, o que mais chama a atenção é o fato de os corintianos não terem montado um time com contratações badaladas como os palmeirenses, apoiados pelos patrocinadores Crefisa e FAM Prova disso é que no Parque São Jorge as despesas operacionais com o futebol foram de R$ 112,7 milhões até o final de junho contra gasto total de aproximadamente R$ 210 milhões do adversário. Os custos corintianos, porém, sobem para R$ 135,5 milhões com despesas financeiras (pagamentos de juros de empréstimos) e gastos não especificados no valor de R$ 22,8 milhões.

Só que o futebol corintiano gastou mais do que arrecadou. Sua receita líquida foi de aproximadamente R$ 117,5 milhões até junho. Nesse cálculo não entram as rendas dos jogos, reservadas para pagar a dívida pela construção do estádio da equipe. Já o Palmeiras arrecadou com o mesmo departamento cerca de R$ 241, 1 milhões. Ou seja, no caso alviverde a receita foi superior às despesas.

Pelos balancetes, não é possível indicar como o alviverde conseguiu receita superior porque o clube não detalha a verba arrecadada, diferentemente do alvinegro.

Emerson Piovezan, diretor de finanças do Corinthians, não atendeu ao blog para falar sobre o assunto.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.