Para parte da direção do SPFC Dorival é mais hábil com atletas do que Ceni
Com José Eduardo Martins, do UOL, em São Paulo
Para pelo menos parte da diretoria do São Paulo Dorival Júnior tem mostrado mais habilidade na relação com os jogadores do que Rogério Ceni.
Quem pensa assim acredita que o atual treinador caminha para conquistar a confiança do elenco de maneira que seu antecessor não conseguiu.
Este blogueiro ouviu de membro da diretoria que Ceni "se derrubou", principalmente, por falhar no trato com os atletas. Ele não teria conseguido fazer os jogadores acreditarem em seu esquema tático e nem correrem por ele por falta de empatia.
A análise sobre o trabalho do ex-treinador passa pela maneira dura como ele tratava os atletas em algumas ocasiões. Há exemplos como o dia em que Ceni deu bronca nos jogadores e chutou um quadro usado para passar informações no vestiário no intervalo da derrota por 2 a 0 para o Corinthians na seminfinal do Paulista. Parte do objeto caiu em cima de Cícero.
Porém, a diferença entre o técnico anterior e o atual é mais ilustrada por integrante da diretoria com Cueva. O relato é de que internamente Ceni mais cobrava do que apoiava o peruano. O jogador chegou a demonstrar insatisfação ao ser substituído na vitória por 2 a 0 sobre o Avaí no Morumbi.
Já Dorival é descrito como capaz de equilibrar apoio e cobranças ao peruano. Um exemplo citado é de que logo de cara ele afirmou para Cueva que o atleta seria o seu "camisa 10", o cara, mas que para isso precisaria diminuir seu percentual de gordura.
Outro caso que pontua a diferença na relação dos dois treinadores com os jogadores está relacionada aos parentes dos atletas. Ceni não demonstrava simpatia com a visita de familiares de seus comandados ao centro de treinamento. Cícero, por exemplo, desagradou ao ex-goleiro quando levou seu filho ao local de trabalho. Com Ceni no comando, as visitas de parentes rarearam. Desde a chegada de Dorival, no entanto, elas voltaram a acontecer.
O entendimento de parte da direção é de que o atual treinador ainda precisa de mais tempo para construir um relacionamento forte com o elenco, mas que já superou o antecessor em termos de cativar os comandados e usar isso para aumentar a entrega deles durante as partidas.
Na última reunião do Conselho Deliberativo tricolor, Vinícius Pinotti, diretor executivo de futebol, afirmou que faltou inteligência emocional para Rogério em sua passagem pelo clube como técnico.
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