Auditoria vê risco para público na Arena Corinthians. Odebrecht nega
Com Dassler Marques, do UOL, em São Paulo
Auditoria feita na Arena Corinthians pelo escritório Cláudio Cunha Engenharia Consultiva aponta riscos para o público em pelo menos dois casos por conta de obras supostamente malfeitas. Clube e Odebrecht, no entanto, contestam o laudo e afirmam não haver perigo para os frequentadores.
O relatório lista "ações emergenciais" e "obras a serem iniciadas de imediato" para solucionar os problemas. Entre as situações de periculosidade são citados riscos de novas quedas de forro do estádio e de placas de mármore na área dos elevadores. As peças poderiam atingir os frequentadores. Até agora foram registradas quedas fora de dias de jogos e ninguém se feriu.
"Refazimento do forro de gesso acartonado, seguindo as corretas orientações, substituindo as fixações em rebites e as estruturas de suporte conforme detalhado em nosso relatório, em função do alto risco de acidentes com o público", diz trecho do documento produzido pela empresa contratada pelo Corinthians.
O entendimento dos auditores é de que o desprendimento da placa de gesso que caiu numa área da entrada mais luxuosa da arena em fevereiro de 2016 aconteceu porque o forro estava preso com rebite, mas deveria estar fixado com parafuso. Na ocasião, a Odebrecht afirmou ter vistoriado o forro do estádio, reforçando as partes em que viu necessidade disso.
O estudo também sugere o "refazimento do revestimento de mármore (do tipo) Nero Marquina nos elevadores e paredes seguindo as normas técnicas. Atualmente, existe risco iminente de quedas de placas de mármore e, consequentemente, risco de acidentes graves com o público circulante." Em fevereiro de 2016 houve queda de placa de mármore instalada perto da porta de um elevador da arena.
Ainda de acordo com a auditoria, há problemas de drenagem no setor Oeste "com graves consequências na estabilidade da estrutura do estádio".
Há ainda, entre outras recomendações, pedidos de construção de casa de máquinas para o sistema de ar condicionado, instalação de sistema de extração de fumaça e mudanças em peças da cobertura do estádio com o dispositivo de condução de águas pluviais sendo refeito.
O escritório Cláudio Cunha terminou suas vistorias na arena em abril, mas a conclusão do relatório e a entrega para a diretoria só aconteceu no segundo semestre.
Apesar de apontar riscos para o público, a auditoria não pede a interdição do estádio ou de setores dele.
O que diz a Odebrecht
Consultada pelo blog, a construtora disse que "reafirma que a arena não tem problemas que coloquem em risco o público, conforme atestam órgãos externos que lá passaram, como Defesa Civil, Ministério Público e subprefeitura, entre outros".
O que diz o Corinthians
O blog procurou a assessoria de imprensa do clube responsável pela arena para falar sobre o assunto e recebeu a seguinte nota como resposta:
"Todos os itens apontados pela auditoria estão sendo tratados internamente e não trazem qualquer risco aos frequentadores da Arena Corinthians".
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