Empresa criada pela WTorre para arena do Palmeiras sofre pedido de falência
A Real Arenas, empresa criada pela WTorre para implementar o projeto da arena palmeirense, teve a decretação de sua falência pedida na Justiça no último dia 9. A ação é de autoria da Beltgroup do Brasil, credora do braço da construtora para o Allianz Parque.
A origem da dívida é a compra de divisores de fluxo (pedestais usados para organizar filas) e displays informativos no montante de R$ 95 mil. Esse é o valor sem atualização. A conta deveria ter sido paga parceladamente em abril e maio de 2015, mas a companhia vendedora alega que nada recebeu.
Em nota enviada ao blog, a Real Arenas disse que há discordâncias com a credora mas que não comenta processos judiciais em andamento (leia o posicionamento completo no final do post). Já o departamento jurídico do Palmeiras preferiu não se manifestar.
Acusada de não pagamento, a empresa foi constituída pela WTorre para receber o direito de uso do terreno (cessão do direito de superfície) em que está a casa alviverde para a construção e exploração do estádio. Ela é a responsável pelo contrato com o clube.
A partir do recebimento da notificação, a Real Arenas tem dez dias para contestar a ação ou depositar a quantia cobrada, corrigida e acrescida de juros de 1% ao mês desde o vencimento até a citação, além de honorários advocatícios. O pedido é para que, em caso de não pagamento, a falência seja decretada com ou sem contestação.
A empresa ligada à WTorre já enfrentou ação semelhante e quitou a dívida, evitando ser considerada falida pela Justiça.
Se falência for determinada, um administrador será nomeado judicialmente. Cabe a ele criar um comitê de credores e levantar os bens da empresa falida para que eles sejam revertidos para os cobradores. No caso ligado ao Allianz Parque, seriam analisados todos os contratos assinados pela Real Arenas. As receitas geradas por eles para a empresa seriam controladas pelo administrador para o pagamento dos credores. Em tese, não há risco de o estádio ser fechado numa eventual falência da empresa, pois isso só dificultaria o pagamento de débitos.
De acordo com dados disponíveis na Junta Comercial de São Paulo, a Real Arenas tem entre seus sócios Walter Torre Júnior, que empresta seu sobrenome à responsável pela construção do estádio do Palmeiras.
Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela empresa.
"A Real Arenas não comenta processos judiciais em andamento. Informamos apenas que existem discordâncias que estão sendo discutidas na Justiça. Contudo, a empresa destaca, em respeito ao torcedor palmeirense, que a operação da arena é absolutamente rentável e, em apenas três anos de operação, já registra lucro. Afirmamos ainda que esses bons resultados fazem com que a unidade de negócio responsável pela administração do estádio estime o retorno do investimento entre oito e dez anos e não mais em quinze, como era esperado no início do projeto".
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