Falta de movimento para afastar Nuzman ajudou em pedido de prisão
A falta de reação do COB e das federações de esportes olímpicos às investigações em torno de Carlos Arthur Nuzman estão entre os motivos que fizeram com que o Ministério Público Federal do Rio pedisse a prisão temporária do dirigente. No entender dos procuradores, o não afastamento do cartola gerou o risco de que ele pudesse destruir provas. Além disso, foi contestado o fato de o dirigente ainda poder administrar verbas públicas repassadas pelo Ministério do Esporte ao COB.
"De mais a mais, ainda cumpre destacar que, a despeito de toda a investigação que já foi tornada pública, bem como as cautelares já cumpridas, não houve nenhuma movimentação no sentido de afastar Carlos Nuzman e Leonardo Gryner (diretor geral de operações da Rio-16) de suas funções junto ao Comitê Olímpico Brasileiro. Assim, ambos continuam gerindo contratos firmados pelo COB, mediante uso de dinheiro público, além de pleno acesso a documentos e informações probatórias", diz trecho do pedido de prisão temporária.
Ao contrário do que se podia imaginar, a revelação das acusações contra Nuzman, também presidente do Comitê Organizador da Rio-16, antes de sua prisão, não geraram movimentos de dirigentes e atletas por seu afastamento. Ele seguiu normalmente nos cargos.
Apesar de usarem o fato de a dupla não ter sido afastada para pedir a prisão, os procuradores afirmam que o mero afastamento não serviria para garantir a ordem pública e a integridade das provas por causa da influência construída por eles no meio durante décadas.
Nuzman é acusado de participar da compra de votos africanos para o Rio sediar a Olimpíada de 2016, integrando organização criminosa que seria ligada ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, também preso. O grupo vinculado ao político teria o interesse de lucrar com obras olímpicas. O presidente do COB também é acusado de tentar ocultar bens, como 16 barras de ouro de um quilo cada, guardadas na Suíça. De acordo com o Ministério Público, elas só foram declaradas após o avanço das investigações.
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