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Motivo de piada ou importante na busca pelo título? Números defendem Romero

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15/11/2017 04h00

Alvo de memes, de críticas disparadas por uma parte da torcida de seu time e até sacaneado em rede nacional no Esporte Espetacular, da Globo. Romero enfrentou tudo isso na temporada em que pode se tornar nesta quarta, diante do Fluminense, campeão brasileiro de 2017 com o Corinthians. Apesar das gozações sofridas pelo paraguaio, as estatísticas registradas pelo site Footstats mostram a importância dele para a equipe tanto no ataque como na defesa.

Apesar de ser atacante, Romero é o segundo jogador do time que mais fez desarmes no campeonato. Ele desarmou os adversários 67 vezes na competição, com média de 2,4 desarmes por jogo. Só é superado pelo lateral Fagner com 82 no total e média de 2,8.

Enquanto torcedores adversários fazem chacota com o corintiano, a quantidade de faltas recebidas por ele mostra que o paraguaio é levado a sério pelos adversários. Romero é o corintiano que mais sofreu faltas no Brasileirão e o quinto mais caçado entre todos os jogadores do campeonato. Foram 84 faltas recebidas em 28 partidas, média de três por jogo. Rodriguinho, o segundo corintiano mais atingido foi parado com falta em 54 oportunidades nas suas 30 apresentações no campeonato, média de 1,8 por jogo. Lucca, da Ponte Preta, é quem mais apanhou no Nacional sendo parado com infração 105 vezes, média de 3,2 faltas sofridas por partida.

Apesar de ter apenas três gols no certame, o paraguaio é o terceiro alvinegro que mais finalizou até aqui. São 18 arremates. Ele é superado apenas por Jô (39) e Rodriguinho (28).

Aos que contestam sua habilidade, Romero pode exibir orgulhosamente suas estatísticas nos dribles. Ele é o melhor driblador corintiano ao lado de Fágner. Cada um acertou 18 dribles, mas o lateral tem um jogo a mais.

Negativamente, um dado que chama atenção é quantidade de bolas perdidas pelo paraguaio. O atacante é o segundo comandado de Fábio Carille que mais perdeu a posse de bola: 156 vezes, média de 5,9 por apresentação. Pior que ele nesse quesito só Rodriguinho. O meia perdeu a posse de bola em 182 portunidades. Em média, ele entrega 6,1 bolas para os adversários por jogo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.