Pablo temia calote e eleição. Corinthians viu pedido de privilégio
A falta de acerto entre Pablo e Corinthians passa pelo medo do jogador de não receber em dia e até de ter o acordo questionado pelo próximo presidente alvinegro. Do lado da diretoria, o receio maior era desagradar o restante do elenco dando ao zagueiro condições exclusivas.
Alegando o atraso no pagamento de luvas a vários jogadores do time em 2017 e a possibilidade de o presidente eleito em fevereiro discordar do acerto, o empresário do zagueiro, Fernando César, queria o pagamento de uma parte das luvas à vista a diluição do restante nos 48 meses de salário registrado em carteira. Normalmente, os clubes atrasam menos o pagamento anotado na carteira de trabalho do que luvas e direitos de imagem porque podem perder o jogador na Justiça em caso de três meses sem pagar em dia.
A oferta corintiana previa a quitação parcelada das luvas e da comissão para o agente. Pelo modelo, os vencimentos do jogador aumentariam mensalmente ao longo dos quatro anos de compromisso.
Para rejeitar aos pedidos do estafe de Pablo, a diretoria alegou que não poderia dar tratamento diferenciado a ele. O argumento é de que nenhum jogador do elenco tem condições especiais de pagamento para se prevenir contra eventuais atrasos ou mudança política no clube. O mesmo vale para comissão de empresários.
Pela versão, da diretoria, além das condições de pagamento, Pablo queria ganhar o que nenhum jogador recebe no clube. A alegação destoa do que o estafe do jogador argumentou no final da negociação, afirmando que aceitou a quantia oferecida pelos alvinegros, discordando apenas da forma de pagamento.
Pablo está emprestado até o fim da temporada pelo Bordeaux, que autorizou o Corinthians a negociar um novo contrato com ele. Para o compromisso ter valor, o time brasileiro teria que pagar 3 milhões de euros (cerca de R$ 11,5 milhões) aos franceses.
A prioridade dada ao alvinegro para ficar com o beque termina no próximo dia 30. Porém, o clube se antecipou ao anunciar neste sábado que encerrou a negociação pela renovação. O desfecho deixou o atleta magoado por ser excluído do jogo deste domingo com o Atlético-MG, que terá a entrega da taça de campeão brasileiro. Do outro lado, a diretoria ficou decepcionada com o zagueiro por ele ter aceitado a maneira como seu empresário conduziu as conversas.
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