Órgão do Corinthians recomenda veto a favorecidos com desconto em eleição
Com Dassler Marques, do UOL, em São Paulo
A diretoria do Corinthians sofreu uma derrota interna na noite desta terça no imbróglio que marca o período eleitoral no clube. O Cori (Conselho de Orientação) recomendou que a Comissão Eleitoral retire da lista de votantes da próxima eleição sócios que receberam desconto para regularizar suas situações.
Na última sexta, a direção anunciou um desconto de 50% (R$ 600 para títulos familiares) na taxa de reativação para sócios inadimplentes. O estatuto alvinegro, porém, proíbe todo tipo de anistia financeira a partir de 12 meses antes do pleito. O próximo presidente corintiano será escolhido em 3 de fevereiro. Parte da oposição entende que houve uma anistia parcial. Por sua vez, integrantes da diretoria alegam que ela só se configuraria com a isenção total da taxa. Assim, a medida não seria irregular.
A decisão sobre se os beneficiados poderão votar deve ser dada até quinta-feira pela Comissão Eleitoral. Existe grande chance de a parte derrotada ir à Justiça.
"Entendemos que o desconto não deveria ter sido dado e que manchou o momento feliz do clube (pela conquista do Brasileirão). O Cori não poderia se omitir. Vou dormir com a consciência tranquila porque fizemos o melhor pelo Corinthians. Se alguém não gostou, paciência", disse ao blog Osmar Basílio, presidente do Conselho de Orientação.
Depois do anúncio da promoção, houve uma série de denúncias de que candidatos à presidência e ao Conselho Deliberativo estavam pagando as taxas para sócios na expectativa de que ganhassem seus votos. Paulo Garcia, possível candidato à presidência, confirmou ter efetuado pagamentos para inadimplentes.
A promoção e os pagamentos geraram uma série de representações no clube feitas por diferentes grupos políticos. Uma delas foi apresentada ao Cori por Romeu Tuma Júnior, um dos opositores candidatos à presidência. "Foi uma derrota política e administrativa da diretoria. O Cori não é só um conselho de orientação. Compete a ele também fiscalizar a administração, de acordo com o estatuto. O Cori agiu de maneira correta, importante e que poderá gera reflexos na aprovação das contas da atual gestão", afirmou Tuma Júnior. Para ele, além da questão eleitoral, os descontos podem ter sido prejudiciais ao Corinthians. Na visão da diretoria, no entanto, a promoção foi responsável por uma considerável entrada de receita nos cofres alvinegros.
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