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Por que crítico de Andrés aceitou ser candidato a vice dele no Corinthians?

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21/12/2017 07h55

Uma das principais surpresas da campanha eleitoral corintiana é a candidatura de Alexandre Husni à vice-presidência pela chapa de Andrés Sanchez, a quem fez várias críticas nos últimos anos. Enquanto presidiu o Cori (Conselho de Orientação), ele também foi ferrenho crítico da gestão de Mário Gobbi, do grupo do ex-presidente.

Longe dos microfones, Husni tem prometido continuar com seu olhar desconfiado apontando o que enxergar de errado caso Andrés vença a eleição marcada para 3 de fevereiro.

Nas mesmas conversas, ele admite ter ficado surpreso com o convite e não ter entendido por que foi escolhido por Andrés para ser seu candidato a segundo vice-presidente. Edna Murad Hadik é a postulante à primeira vice-presidência e assumirá o clube em eventuais ausências do deputado federal, caso ele seja eleito.

Ao ser indagado internamente sobre os motivos para aceitar entrar na chapa de um cartola a quem criticou, Husni tem dito que estava em dúvida. E que tomou o impulso para aceitar após identificar uma suposta campanha comandada por Antonio Roque Citadini, um dos candidatos de oposição, para o difamar. Citadini nega tal ação. Outro argumento para topar a aliança com o petista é acreditar que pode levar nova visão para administração de Andrés e, assim, colaborar com o clube. Como advogado, o conselheiro corintiano diz já ter trabalhado para a família de Andrés.

Se for eleito e puder escolher, Husni pedirá para atuar na área financeira. Porém, estatutariamente, o presidente não é obrigado a indicar o vice para comandar um setor específico do clube.

No Cori, ele se caracterizou por examinar com lupa contratos da gestão de Gobbi, principalmente os referentes à Arena Corinthians. A interlocutores tem assegurado que manterá essa fiscalização em caso de vitória no próximo pleito.

O candidato não nega as críticas feitas a Andrés, mas diz que o ex-presidente também tem muitos acertos em seu histórico.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.