Citadini aciona Justiça para concorrer à presidência do Corinthians
Antonio Roque Citadini entrou com uma ação na Justiça nesta quarta (17) para tentar anular decisão que impugnou sua candidatura à presidência do Corinthians. Em caráter liminar, ele pede "imediata expedição de ordem judicial para a suspensão dos efeitos" da impugnação a fim de poder participar do pleito marcado para 3 de fevereiro. O oposicionista requer a anulação no julgamento definitivo do caso.
"Meus advogados entenderam que era melhor entrar com a ação na Justiça primeiro. Depois vamos ver o que fazer no clube também", afirmou o oposicionista ao blog.
A comissão eleitoral do Corinthians entendeu que ele não pode se candidatar por ser membro do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A decisão cita legislação que equipara integrantes do órgão a magistrados, que são proibidos de ocupar cargos administrativos como o de presidente de clube.
Citadini alega em entrevistas que há jurisprudência favorável à candidatura de conselheiros do tribunal. Sustenta que o estatuto corintiano não impede que membros do TCE disputem a presidência. Assim, afirma que a contestação deveria ter sido apresentada ao Tribunal de Contas do Estado.
Na ação, os advogados do candidato alegam que se há algum entendimento de que ele não pode acumular os cargos, não existe acúmulo até Citadini vencer a votação. Argumentam que concorrer à presidência não fere a legislação sob nenhum ponto de vista. Assim, ele poderia disputar o pleito e, em caso de vitória, decidir imediatamente após a apuração deixar o TCE para assumir o clube. O conselheiro já tem tempo de serviço para se aposentar no tribunal.
A defesa do oposicionista também diz que se prevalecer a tese de veto a magistrados exercerem cargos em clubes, há outro motivo para anular a impugnação ao candidato. Isso porque Guilherme Strenger, presidente do Conselho Deliberativo e que acolheu a impugnação, é desembargador. A alegação é de que magistrados não podem presidir conselhos de clubes quando devem assumir o comando se houver vacância na presidência e nas vice-presidências. É o que prevê o estatuto alvinegro. Assim, a impugnação teria sido referendada por quem não poderia estar no cargo. A atuação de Miguel Marques e Silva, presidente da comissão eleitoral e magistrado, também é contestada.
Designado para analisar o pedido, o juiz Luciano Gonçalves Paes Leme se declarou suspeito para cuidar do caso "por motivo de foro íntimo". Assim, o processo foi enviado ao juiz Luís Fernando Nardelli.
Estão na briga pela presidência Andrés Sanchez, Felipe Ezabella, Paulo Garcia e Romeu Tuma Júnior.
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