'Caso Carlos Leite' no Corinthians vai para a Receita Federal
A comissão eleitoral do Corinthians decidiu enviar para a Receita Federal um dossiê sobre as operações financeiras entre o empresário Carlos Leite e o clube durante o período eleitoral alvinegro.
Como revelou o blog, o agente, amigo do candidato situacionista a presidência Andrés Sanchez, enviou R$ 200 mil para a conta do clube e recebeu um "troco" de cerca de R$ 51,6 mil. A devolução foi acompanhada de um recibo, publicado pelo blog nesta sexta (2), com a justificativa de que o dinheiro sobrou da quitação de taxas de manutenção de sócios com os R$ 200 mil enviados pelo empresário.
O órgão responsável por cuidar da eleição corintiana, que acontece neste sábado, trata o pagamento de taxas para associados inadimplentes regularizarem suas situações na expectativa de poder votar como compra de voto. Porém, a comissão não tem poder para julgar e eventualmente punir Leite, pois ele não é associado. Mas entende que as operações devem ser analisadas para a Receita Federal para que ela verifique se houve irregularidades, como sonegação de impostos ou algum tipo de fraude.
A ideia do grupo é enviar o material na próxima segunda-feira. No pacote, deve estar cópia do recibo da devolução. A intenção também é enviar documentos sobre outros R$ 300 mil usados para o pagamento de taxas de sócios inadimplentes. Nesse caso, a comissão não sabe afirmar quem repassou o dinheiro.
Como mostrou o blog, Leite sustenta que fez um empréstimo de R$ 200 mil para o Corinthians sem relação com os sócios inadimplentes. A transação não foi confirmada por Emerson Piovezan, diretor financeiro na ocasião e candidato à vice-presidente na chapa de Paulo Garcia. O empresário não respondeu porque assinou um recibo que cita o uso de seu dinheiro para o acerto dos sócios.
Leite representa, entre outros jogadores, Cássio, Fágner e Camacho. Depois do envio dos R$ 200 mil, o clube ainda contratou outro atleta agenciado por ele, o promissor Mateus Vital.
O imbróglio começou depois que a diretoria deu desconto de 50% para associados em atraso regularizarem suas situações e terem direito a voto. A comissão não autorizou que eles participem do pleito citando o estatuto do clube que proíbe anistias a partir de 12 meses antes da votação.
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