Como suspeita em eleição dificulta projeto de Andrés no Corinthians
Diante de uma oposição maior no clube, Andrés Sanchez tem repetido que sua meta na volta à presidência do Corinthians é pacificar o alvinegro. Tal pacificação, com voz para os oposicionistas na gestão, é necessária para facilitar a governabilidade dele, principalmente porque o Conselho Deliberativo tem mais opositores do que antes. Porém, esse projeto sofreu um duro golpe com a decisão de Paulo Garcia de entrar com uma ação criminal contra a empresa que cuidou do sistema de votação eletrônica do pleito. O gesto cria um muro entre o segundo colocado na votação e a administração atual.
Logo depois de Garcia agir na Justiça, a diretoria emitiu nota lamentando "a opção dos demais concorrentes em resistir ao resultado das urnas", num sinal de distanciamento entre os grupos. Mesmo assim, o comunicado afirma que a direção insistirá na união das diferentes alas.
O segundo candidato mais votado aponta na Justiça supostas irregularidades na votação e na apuração eletrônica comandada pela empresa Telemeeting Brasil. A ação, no entanto, não acusa a situação corintiana de envolvimento nas eventuais irregularidades. O processo está sob sigilo de Justiça, por isso não é possível saber exatamente quais são as queixas do opositor. Garcia disse ao blog que não pode falar sobre o tema por causa desse sigilo.
Ele é um dos conselheiros mais influentes no Conselho Deliberativo, especialmente entre os membros vitalícios. Assim, seu nome é fundamental numa eventual composição para deixar Andrés mais confortável no órgão.
Uma das possibilidades até a ação ser distribuída era a de o oposicionista ser apoiado por Andrés para concorrer à presidência do conselho ou indicar um nome para o posto. Parte dos aliados do opositor defendem o deputado federal Goulart (PSD-SP), historicamente apoiado pela Gaviões da Fiel, para a presidência do conselho. Isso no caso de Garcia não se interessar pelo cargo.
Alguns dos apoiadores do oposicionista acreditavam até na possibilidade de ele ser nomeado para a diretoria de futebol, acima de Duílio Monteiro Alves, que já trabalha no departamento e ficaria como adjunto.
O xadrez político fez com que até agora o presidente só tenha anunciado três diretores: Luís Paulo Rosenberg (Marketing), Wesley Melo (financeiro) e Fabio Trubilhano (Jurídico).
A união pregada por Andrés já havia se complicado com a nomeação de Rosenberg. Parte dos aliados de Garcia critica a escolha do diretor de marketing.
Por sua vez, Rosenberg é entusiasta da pacificação. Durante a campanha ele falava em unir Sanchez e Antonio Roque Citadini, terceiro colocado na votação.
Juntar os dois pode se tornar ainda mais difícil. O estafe de Citadini prepara um lado também com supostas irregularidades no sistema eletrônico da eleição. Assim que o documento ficar pronto, ele decidirá se vai à Justiça.
Para a contrariedade do presidente alvinegro, o cenário político pode ficar ainda mais bélico se candidatos derrotados ao conselho resolverem aderir às desconfianças em relação à lisura do pleito.
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