Opinião: Andrés deve agradecer aos opositores por vencer
Mesmo cambaleante por vários processos aos quais responde e pelo alto custo da arena idealizada por ele, entre outros fatores, Andrés Sanchez voltou à presidência do Corinthians neste sábado (3). O deputado federal deve a vitória principalmente a seus opositores, incapazes de se unir pelo interesse deles de barrar a continuidade do grupo Renovação e Transparência no poder.
O placar da eleição mostra como a realidade seria diferente se Sanchez não tivesse quatro adversários. Ele ganhou o pleito com 33,9% dos votos. A soma das porcentagens aproximadas obtidas por Paulo Garcia (22,9%) e Antonio Roque Citadini (22%) daria para derrotar Andrés ainda que alguns apoios se perdessem pelo caminho. Nessa conta podem entrar os 7,6% do eleitorado que ficou com Romeu Tuma Júnior, já que ele fez parte do mesmo grupo oposicionista de Citadini e Garcia por muito tempo.
Para vencer, a oposição tradicional nem precisaria dos votos conquistados por Felipe Ezabella (12,6%), dissidente da ala comandada por Sanchez.
O retorno do petista é o preço que os opositores pagaram por preferirem sonhar em sentar na cadeira de presidente a compartilhar uma gestão que acreditassem poder ser melhor para o clube do que a de Andrés. A política do "eu" perdeu para ele (o deputado).
Pelo esfacelamento do grupo oposicionista, a vitória de Andrés era esperada. Aliados dele já pregavam antes da eleição um tom conciliador com outros grupos para melhorar a governabilidade a partir da eleição. Só que da maneira como a oposição facilitou a ressureição de Sanchez no clube vai cheirar mal se um ou mais dos derrotados aceitarem de alguma forma participar da administração.
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