CBF decide fazer eleição em abril, e Justiça fica mais pressionada
Rogério Caboclo, atual diretor-executivo da CBF, deve ser eleito presidente da entidade já em abril. A confederação decidiu fazer a eleição no mesmo dia em que fará uma assembleia para aprovar as suas contas. Assim, já aproveitará a presença dos dirigentes, evitando novo deslocamento. A data do pleito, no entanto, ainda não foi definida oficialmente.
Pelo estatuto da CBF, a eleição poderia acontecer até abril do ano que vem, quando o novo mandatário tomará posse. Porém, foi escolhido o mesmo mês em que a Fifa definirá se pune definitivamente Marco Polo Del Nerto, suspenso preventivamente por atos de corrupção negados por ele.
A decisão de definir o próximo presidente em abril aumenta a pressão para a Justiça do Rio de Janeiro resolver em primeira instância se concede liminar para anular as últimas mudanças estatutárias na entidade e afastar toda a diretoria atual até o caso ser julgado definitivamente.
Como mostrou o blog, o promotor Rodrigo Terra, autor da ação, e o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), responsável por acionar o Ministério do Público, cobram celeridade do juiz Bruno Monteiro Ruliere, que é quem cuida do processo agora. A ação foi distribuída em julho de 2017, mas ainda não houve resolução sobre a liminar.
Promotor e parlamentar alegam que se a decisão não for tomada antes da próxima eleição, o pleito acontecerá com regras contestadas na Justiça.
Terra entrou com a ação porque a CBF mudou seu estatuto numa reunião sem a presença dos clubes. As agremiações nem foram avisadas sobre a assembleia que aumentou o peso do voto das federações. O representante do MP alega que, como as agremiações não foram convocadas para discutir a mudança, houve falta de transparência e descumprimento do Estatuto do Torcedor.
Pelas normas antigas, votavam as 27 federações e os 20 clubes da Série A. Todos os votos tinham o mesmo valor. Agora, o de cada federação tem peso 3. Os dos clubes da Série A valem 2. Já a indicação de time da Segunda Divisão possuem valor unitário.
No novo formato, mesmo estando em menor número, as federações continuam ganhando se votarem em conjunto. É o que deve acontecer em abril. Após articulação de Del Nero, a maioria das entidades estaduais se comprometeu a votar em Caboclo, seu homem de confiança. Não sobraram oito federações para apoiar outro candidato, como exigem as regras. Também é necessário o aval de cinco clubes. Desta forma, Caboclo deverá ser candidato único.
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