Topo

Perrone

Clássico opõe rotatividade são-paulina à continuidade corintiana

Perrone

25/03/2018 08h32

O clássico entre  São Paulo e Corinthians no Morumbi neste domingo, às 16h, pelas semifinais do Paulista, confronta a rotatividade tricolor com a continuidade alvinegra.

A última vitória são-paulina, em novembro de 2016, por 4 a 0 (não está na conta a disputa de pênaltis na Flórida Cup de 2017), serve como ponto de partida para essa comparação. De lá para cá o time da zona leste só trocou uma vez de treinador: Oswaldo de Oliveira foi substituído por Fábio Carille. Já os são-paulinos vivem atualmente o começo da era Diego Aguirre. Ele é o terceiro técnico (sem contar períodos de interinidade) a passar pelo clube desde aquela goleada. Rogério Ceni e Dorival Júnior foram os outros.

Entre os jogadores, as mudanças também são mais significativas do lado tricolor. Do elenco do São Paulo no atual Campeonato Paulista, apenas Rodrigo Caio e Cueva estiveram em campo na última vitória do time no Majestoso. O zagueiro, no entanto, não joga hoje por estar na seleção brasileira.

Do lado alvinegro, sete atletas que amargaram aquela derrota permanecem no clube: Cássio, Fágner, Balbuena, Vilson, Marquinhos Gabriel, Rodriguinho e Romero. Cássio, Balbuena e Rodriguinho devem começar a partida deste domingo. Fagner é ausência certa por estar na seleção, assim como Balbuena e Romero estão na seleção paraguaia.

Fora de campo, o Corinhians também mudou menos do que o rival desde o revés por quatro gols de diferença. Alessandro Nunes já era o principal dirigente remunerado do clube na ocasião. Por sua vez, o São Paulo convive com um entra e sai de diretores executivos. Marco Aurélio Cunha ocupava o posto na goleada. Ele foi substituído por Vinícius Pinotti, trocado por Raí, atual dirigente.

Esse cenário coloca, em tese, Aguirre numa situação menos confortável do que a de Carille na disputa por um lugar na decisão do Paulista. Enquanto um está tateando o novo terreno, construindo uma estrutura de jogo e descobrindo as reações dos atletas, o outro se sente em casa no clube e conhece profundamente o elenco.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.