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Corinthians viu pequeno risco de grande perda com Zeca e cobrou garantia

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16/03/2018 04h00

A avaliação jurídica do Corinthians sobre a ação trabalhista envolvendo Santos e Zeca apontou pequeno risco de o alvinegro da capital perder uma grande quantia. Isso porque a conclusão foi de que o jogador tem grande chance de ser o vencedor ao final do processo. Porém, em caso de derrota dele, o Santos pode pedir que o eventual novo time do lateral seja solidário no pagamento da multa por rompimento de contrato.

Assim, os corintianos pediram que o atleta e seus agentes se responsabilizassem em indenizar a agremiação caso ela tivesse que pagar ao menos parte da multa, que é de R$ 150 milhões de acordo com quem conhece o contrato.

No Parque São Jorge, a versão dada longe dos microfones é de que Zeca e seu estafe sempre souberam dessa exigência e tinham concordado com ela. Desde o início jogador e empresários se responsabilizariam. Mas que na última hora a OTB, empresa responsável por gerenciar a carreira do zagueiro, mudou de ideia e não quis assumir o risco.

Porém, do outro lado, conforme apurou o blog, a conversa é de que inicialmente só Zeca apareceria no contrato como responsável por indenizar os corintianos, caso fosse necessário. E que, depois de José Carlos Peres, presidente do Santos, dar entrevista enfatizando que brigaria pela multa, o time da capital fez novas exigências. Só então teria solicitado que a OTB também assumisse por escrito uma eventual indenização.

Zeca pediu seu desligamento do Santos alegando que por quatro meses o clube não depositou a verba referente ao seu FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Procurada, a assessoria de imprensa da OTB afirmou que não comentário o assunto.

Nesta sexta, o Corinthians divulgou nota declarando que desistiu do negócio por falta de garantia.

Colaborou Dassler Marques, do UOL, em São Paulo

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.