Final paulista coloca em xeque relação de presidentes com estilos opostos
A final do Campeonato Paulista, entre Corinthians e Palmeiras, coloca em xeque o relacionamento entre dois presidentes com estilos opostos. Logo na reunião sobre as quartas de final na federação estadual, saiu faísca entre Andrés Sanchez e Maurício Galiotte. O primeiro jogo do confronto, neste sábado, é uma prova de fogo para a relação entre ambos.
Os últimos jogos em Itaquera, onde acontece a abertura da decisão, têm sido ainda mais quentes do que tradicionalmente são os duelos entre os rivais. No último, reclamando da expulsão de Jaílson, Dudu chegou a sugerir que os palmeirenses deixassem o campo. Após a vitória corintiana, o atacante e alguns de seus colegas afirmaram que sempre são prejudicados pela arbitragem na arena alvinegra, o que aumenta a tensão para o jogo deste sábado.
Na semana da primeira partida, Andrés e Galiotte voltaram a se encontrar na federação. O corintiano foi irônico diante do adversário, sisudo na maior parte da entrevista coletiva entre ambos. Andrés cutucou Galiotte empurrando o favoritismo para o Palmeiras e dizendo que sugeriu a Arena Corinthians como palco dos dois jogos da decisão. Antes das quartas de final, os dirigentes discutiram porque Galiotte reclamou de o Bragantino mandar seu jogo contra o Corinthians no Pacaembu, segunda casa alvinegra.
Já Galiotte adotou uma postura séria e discreta durante a maior parte da entrevista numa demonstração das diferenças entre os dois presidentes. Costumeiramente, Andrés é mais espalhafatoso do que o rival ao defender seu time.
O trabalho diário de ambos também é marcado por estilos diferentes. Andrés tem em Duílio Monteiro Alves seu homem de confiança no futebol, mas atua praticamente como vice-presidente do departamento, além de presidir o clube. O corintiano participa ativamente das decisões sobre o time, enquanto Galiotte dá carta branca para o executivo Alexandre Mattos.
O corintiano também é mais presente no vestiário e tem o hábito de se reunir com os jogadores.
A maneira como ambos lidam com os maus resultados obtidos por seus treinadores também é oposta. Seguindo a vontade de Mattos, Galiotte, que assumiu o clube em novembro de 2016, já demitiu Eduardo Baptista e Cuca, além do ex-auxiliar e ex-interino Alberto Valentim. Por sua vez, Andrés tem como uma de suas diretrizes lutar pela manutenção dos treinadores até o final dos contratos.
O jeito como cada um se relaciona com seus aliados políticos também contrasta. Galiotte já se distanciou de Paulo Nobre e Mustafá Contursi, seus principais colaboradores para chegar à presidência. Andrés também já rompeu com antigos colegas, mas se mantém fiel a uma base com cartolas com André Luiz Oliveira, Mané da Carne, Eduardo Ferreira e Duílio. Além de trazer de volta para o clube Luís Paulo Rosenberg, atualmente diretor de marketing.
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