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O que está em jogo para o Corinthians diante do Bragantino

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22/03/2018 07h47

1 – Tranquilidade de Fábio Carille

Com as conquistas do Paulista e do Brasileiro no ano passado, o treinador ganhou fôlego no clube. Não se fala em demissão no caso de eliminação diante do Bragantino, nesta quinta, pelas quartas de final do Estadual. Porém, a queda precoce faria ele começar a ser pressionado. A decisão dele de fazer mudanças radicais no time aumenta sua responsabilidade no resultado da partida. Está em jogo sua tese de que vale tirar Gabriel, um dos mais regulares da equipe, para colocar Ralf, ainda uma incógnita em seu retorno ao clube, para ganhar altura. Será colocada à prova a aposta de que centímetros a mais podem estancar os gols sofridos em jogadas pelo alto. Isso mesmo sendo a maioria deles causada por falhas de marcação.

2 – Dinheiro

A eliminação representaria o adeus à chance de obter a arrecadação de até dois clássicos decisivos em Itaquera. Pelo menos uma, na semifinal, estaria garantida com a classificação diante do Bragantino. A receita é importante para o alvinegro em termos de pagar parcelas do financiamento de R$ 400 milhões para a construção de seu estádio.

3 – Caldeirão

Está em jogo também a fama da arena corintiana sustentada pelo slogan "caiu em Itaquera já era". A pressão da torcida em seu estádio é uma das armas alvinegras para alcançar a vitória por dois gols de diferença e a classificação sem precisar dos pênaltis. O fracasso na missão abalaria a reputação da Arena Corinthians.

4 – Recuperação de Cássio

O camisa 12 entra pressionado a ter uma atuação fundamental para a classificação. Ele falhou pelo menos em um dos gols do Bragantino na derrota por 3 a 2 e faz uma temporada irregular até aqui. O goleiro precisa reverter a situação para não deixar escapar a chance de disputar a Copa da Rússia. Além disso, ele tem a sombra de Walter na reserva.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.