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Opinião: Neymar precisa melhorar na disciplina e nos passes

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11/06/2018 05h10

O último amistoso do Brasil antes da Copa, neste domingo (10), contra a Áustria, serviu, entre outras observações, para mostrar a boa evolução de Neymar e, ao mesmo tempo, em que o atacante precisa melhorar.

Na opinião deste blogueiro, um dos pontos mais preocupantes não tem nada a ver com a recuperação em relação à cirurgia no pé enfrentada por ele. Está ligado à disciplina. Calmo em quase toda a partida, ele bateu boca com austríacos e levou o único cartão amarelo do Brasil.

Na Copa da Rússia, Neymar enfrentará marcadores mais chatos e determinados a provocar sua irritação. Por isso, os poucos momentos de descontrole na vitória por 3 a 0 merecem a atenção de Tite.

O atacante também precisa ser mais constante. Fez um primeiro tempo apagado. Mas isso se explica pelo fato de ele ainda estar recuperando a forma física.

Falta jogar mais com Marcelo. Tabelas entre dois jogadores da qualidade deles são letais. Mas é preciso que o lateral jogue mais do que contra a Áustria.

Números do Footstats mostram que Neymar precisa caprichar mais nos passes. Ele foi quem mais errou nesse fundamento no time de Tite. Foram 10 erros. O recorde de perdas de bola na partida também foi dele: 14.

Por outro lado, o atacante do PSG mostrou que já começa a retomar seu papel de protagonista, apesar de Philippe Coutinho ser quem mais brilhou. Neymar foi o brasileiro com mais posse de bola (11,7% do total). Foi quem mais acertou dribles (2) e sofreu faltas (8) entre os comandados de Tite.

Mas claro, nada melhor para ilustrar sua recuperação do que os dois gols marcados nos amistosos finais da seleção. O outro foi no triunfo por 2 a 0 sobre a Croácia.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.