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Derrota para Bélgica teve momentos de 7 a 1 e reação tardia

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06/07/2018 17h07

A eliminação brasileira nas quartas de final da Copa da Rússia com a derrota por 2 a 1 para a Bélgica teve momentos que lembraram a goleada por 7 a 1 sofrida para a Alemanha nas semifinais de 2014. Foi assim no primeiro tempo, desde o gol de abertura do placar. Na etapa final, após as mudanças feitas por Tite, o Brasil reagiu, algo que não aconteceu em 2014. Mas não foi o suficiente.

O nervosismo após o primeiro gol lembrou a tremedeira brasileira na tragédia no Mineirão. De novo a equipe entrou em pane. Mas dessa vez levou apenas mais um gol.

A facilidade com que os belgas chegavam na defesa brasileira foi digna dos alemães de quatro anos atrás. A repetição de erros sem que o Brasil conseguisse corrigir seu posicionamento também foi angustiantemente semelhante ao que aconteceu na Copa de 2014. Em Kazan, no primeiro tempo, os belgas sempre tinham dois atacantes pelo lado esquerdo da área brasileira. Um deles sempre livre.

Outro ponto que trouxe à mente o jogo fatídico de Belo Horizonte foi a demora para o treinador reagir, mexer na equipe e corrigir erros.

A diferença é que Tite acordou. Suas substituições deram resultado, o Brasil fez seu gol de honra e esteve muito perto de empatar. Aproveitando o espaço dado pelos belgas, a seleção atacou como nunca neste Mundial. Não adiantou.

Como Felipão, Tite caiu diante de uma forte equipe europeia. No caso do atual treinador, pelo menos, não é possível dizer que ele tenha subestimado a força do adversário. Desde antes de a Copa começar, ele ressaltou o poderio belga. Diferentemente deste blogueiro, que só acreditou na possibilidade de vitória da Bélgica depois do segundo gol em Kazan. Foi um erro.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.