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'Caso Marin' é senha para faxina no futebol brasileiro ou fim da esperança

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22/08/2018 15h00

A condenação de José Maria Marin a quatro anos de prisão nos Estados Unidos combinada com multa de US$ 1,2 milhão só reforça a importância de o caso ter desdobramentos no Brasil.

As autoridades brasileiras precisam investigar os reflexos nacionais dos crimes dos quais o ex-presidente da CBF é acusado. Sonegação de impostos é só um dos efeitos que podem ter ocorrido.

Para a Justiça americana, Marin não agiu sozinho. Logo, é preciso que as autoridades competentes sejam céleres e apontem quem mais tem culpa no cartório em território nacional. E que eles sejam punidos com o mesmo rigor aplicado pelos americanos.

O resumo da ópera é que o desfecho do julgamento de Marin pode ser o ponto de partida para uma profunda investigação no futebol brasileiro. E, dependendo da conclusão, resultar numa faxina jamais vista.

Porém, ao mesmo tempo, o caso pode ser um golpe fatal na esperança do torcedor que sonha em ver uma limpeza no futebol nacional. Se nada de prático acontecer por aqui agora, será difícil acreditar em punição para cartolas corruptos por essas bandas.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.