Críticos de mudanças no contrato entre Palmeiras e Crefisa perdem round
Seraphim Carlos Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo do Palmeiras, decidiu rejeitar dois requerimentos de conselheiros para impedir que o órgão vote se considera válidas mudanças feitas nos contratos entre clube e Crefisa.
Um dos pedidos já foi oficialmente rejeitado. O segundo, assinado por integrantes do COF (Conselho de Orientação Fiscal) terá o mesmo caminho, segundo afirmou Del Grande ao blog.
Por solicitação do presidente alviverde, Maurício Galiotte, Seraphim marcou para o próximo dia 20 reunião para o conselho deliberar sobre os adendos contratuais. O COF já se posicionou contra as alterações.
"Rejeitei o primeiro requerimento porque ele diz que o Conselho Deliberativo não tem poder para votar balancetes do clube. Só que o presidente pediu a reunião para os conselheiros se posicionarem em relação ao impasse sobre o aditivo. Já respondi que não vou tirar a deliberação da ata porque nenhum balancete vai ser analisado", disse Del Grande.
Ele ainda afirmou que o COF tem o poder de fazer recomendações, mas o Conselho Deliberativo é capacitado para tomar decisões.
O impasse faz membros do conselho de orientação cogitarem ir à Justiça tanto para impedir a reunião como invalidar as alterações.
As contas de janeiro a março apresentadas por Maurício Galiotte já foram rejeitadas pelo COF. O órgão aponta que o presidente não poderia ter assinado os aditivos sem consultá-lo.
Leila Pereira chegou a ir ao conselho de orientação para explicar as mudanças. A principal delas transforma o contrato de patrocínio atrelado ao programa de sócio-torcedor em empréstimo. Antes o clube só precisava devolver o dinheiro usado em contratações se recebesse algo na saída dos atletas. Eventuais prejuízos seriam só da parceira e o lucro ficaria com o Palmeiras.
Agora, além de ter que devolver integralmente a verba, mesmo se o jogador sair de graça, o alviverde só pode usar o lucro se não tiver dívidas em aberto com a patrocinadora. O empréstimo é de pelo menos R$ 120 milhões.
Além das questões técnicas, há um caldo político na disputa. Grande parte dos contrários à mudança pertence ao grupo do ex-presidente Mustafá Contursi, rompido com Leila e seu marido José Roberto Lamacchia. Antes, ele ajudou o casal a se eleger para ocupar postos no Conselho Deliberativo. Mustafá também se afastou de Galiotte, aliado dos patrocinadores.
Por sua vez, Del Grande é acusado de desrespeitar o estatuto do clube por participar de eventos com Leila pela aprovação de mudanças estatutárias. Ele nega ter cometido ilegalidade.
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