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Opinião: ausência de Jesus soa como confissão de culpa de Tite

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18/08/2018 04h00

Tite agiu tardiamente ao tirar Gabriel Jesus dos próximos amistosos da seleção brasileira, contra Estados Unidos e El Salvador. A decisão também carrega uma dose de incoerência e soa até como uma confissão de culpa por parte do treinador.

Ficou evidente, na opinião deste blogueiro, que Jesus merecia te perdido a vaga para Firmino durante a Copa da Rússia. Mas Tite sustentou o frágil discurso de que o titular era merecedor da vaga  por conta de sua movimentação e ajuda na marcação.

Ao anunciar a convocação nesta sexta (17), o técnico deixou a ladainha de lado. Falou que Jesus é inquestionável como goleador mas que o momento é para o jovem Pedro.

O que mudou desde a derrota para a Bélgica por 2 a 1 no futebol de Jesus que o fizesse perder as credenciais? Absolutamente nada.

Ou seja, o treinador da seleção tomou uma decisão atrasada, que poderia até ter mudado o destino da equipe na competição.

Seu discurso atual, sobre Jesus goleador é incoerente em relação a importância que ele dava aos atributos não relacionados a balançar a rede vistos no atacante por ele antes.

A nova situação deixa brecha para a seguinte reflexão: será que Tite, intramuros, não reconhece que errou ao insistir de mais com Jesus? Para mim, ficou essa impressão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.