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Palmeiras é o time que mais bate e dribla no Brasileirão

Perrone

27/08/2018 11h11

Números do site "Footstats" mostram o Palmeiras como um time que joga duro sem abolir o futebol bonito e ofensivo no Brasileirão.

Resumindo: o time de Felipão (e antes de Roger Machado) é o que mais faz faltas no campeonato e, ao mesmo tempo, o que mais dribla.

Quarto colocado na classificação, o alviverde comete em média 18,5 faltas por jogo. O Vitória, 14º colocado, é o segundo mais faltoso, com média de 18 infrações por partida.

Na contramão desse indicativo de futebol feio, o Palmeiras, de jogadores habilidosos, lidera o ranking de dribles do campeonato nacional. São 4,2 fintas certas em média por jogo. Willian é o principal driblador palmeirense com 13 dribles certos em 17 apresentações.

O estilo pragmático de Felipão também pode ser notado pelo número de desarmes. O alviverde é a segunda equipe que mais desarma no Brasileirão. Sua média é de 18,8 por jogo. Só o Flamengo (19,6) tem número superior.

Outro dado que reforça a imagem de time mordedor é o número de cartões amarelos. Os palmeirenses levaram 63 advertências no Brasileirão até agora. Só o líder São Paulo e o Vitória receberam mais amarelos. Foram 64 cada.

As quantidades de faltas e desarmes podem sugerir que o Palmeiras é o tipo de time que fica pouco com a bola e joga por uma chance para matar a partida.

Isso não é verdade. Os comandados de Scolari costumam ficar mais com a bola do que seus adversários. A média é de 53% de posse de bola por jogo. É a sexta melhor marca do campeonato. O Grêmio lidera esse ranking com 55,7%.

Quarto melhor ataque do Brasileiro com 31 gols, o Palmeiras é o segundo time que mais acertou finalizações até aqui ao lado do Flamengo. São 119 arremates certos para cada. Só o Atlético-MG tem marca melhor: 127 finalizações certas.

Assim, o pacote estatístico retrata o Palmeiras como um time que busca equilíbrio entre defesa e ataque, algo que tem conseguido.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.