Opinião: Eleição marca falta de engajamento de dirigentes e jogadores
A eleição presidencial no Brasil, que tem hoje seu segundo turno, marcou a falta de engajamento político de dirigentes de clubes e de seus jogadores.
Durante todo o processo, praticamente não houve debate entre as agremiações e também entre jogadores sobre o candidato que melhor pudesse representar seus interesses.
Foram apenas manifestações pontuais e na maioria das vezes superficiais, como as declarações de voto em Jair Bolsonaro feitas por Felipe Melo, Lucas Moura e Jadson.
Um caso emblemático é o de Mário Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético-PR. O cartola fez campanha por Bolsonaro e estimulou o clube a realizar ações que remetiam ao candidato do PSL. Porém, procurado pelo blog para falar sobre se conhecia as propostas do deputado federal para o futebol, o dirigente disse que não falaria sobre o assunto.
Apesar de existirem temas a serem discutido na esfera do Governo Federal, não houve mobilização dos clubes e de jogadores sobre suas necessidades.
Tópicos como qual o posicionamento de Bolsonaro e Fernando Haddad a respeito das questões trabalhistas envolvendo jogadores e clubes não foram levantadas.
Outros agentes da sociedade reviraram intensamente o caldeirão político em busca de respostas para suas demandas, como artistas, universitários e torcidas organizadas. Mas os envolvidos diretamente com o futebol brasileiro seguiram superficiais ou alienados.
CBF e federações, que poderiam ter convidado os candidatos para falar sobre o que pensam para o futebol e ouvir seus anseios, não o fizeram.
Com esse distanciamento político, o futebol brasileiro perdeu a chance de debater, reivindicar e se posicionar.
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