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Opinião: seis problemas que Carille precisa solucionar no Corinthians

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31/01/2019 17h08

1 – Lado esquerdo

É um dos pontos críticos do time. Principalmente com Danilo Avelar, o Corinthians não consegue produzir no ataque. Ao mesmo tempo, deixa espaços na defesa.

2 – Armação

Jadson está produzindo abaixo das necessidades do clube. Além disso, Fábio Carille sofre para encontrar um parceiro de articulação para ele, alguém que faça o que Rodriguinho fazia em sua melhor fase. Sornoza ainda não deu sinais animadores. Essa anemia criativa resulta em insistentes cruzamentos na área adversária, como na derrota por 2 a 1 para o Guarani, ou em excesso de passes laterais e para trás, erro cometido na queda por 2 a 0 para o Red Bull na última quarta (30).

3 – Marcação frouxa

Em 2019, o Corinthians não tem conseguido marcar a saída de bola dos adversários. Para piorar, não é capaz de fazer uma marcação eficiente em praticamente nenhum setor do campo. Tal falha ficou evidente na derrota diante do Red Bull.

4 – Bolas altas na defesa

A equipe alvinegra voltou a sofrer nesta temporada com um antigo mal: as falhas de sua defesa na bolas aéreas. Os dois gols do Red Bull foram pelo alto. Mas com a bola no chão os beques corintianos, especialmente Henrique, também têm se enrolado.

5 – Falta de compactação

Contrariando uma das características dos times armados por Carille, os jogadores corintianos têm se posicionado distantes uns dos outros na maior parte das partidas. Sem compactação, os passes precisam ser mais longos, o que aumenta o grau de dificuldade e, consequentemente, a quantidade de erros.

6 – Lentidão

Também na contramão do estilo de seu treinador, o Corinthians tem feito as transições de maneira muito lenta. Na volta do ataque para a defesa, a falta de velocidade dá espaços para os adversários. No sentido contrário, a morosidade dá tempo para o rival se organizar na defesa e mata as chances de contra-ataque.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.