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Antiga cúpula do Fla vê CT como o melhor e nega ter 'escondido' contêineres

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10/02/2019 09h43

A antiga cúpula do Flamengo, encabeçada por Eduardo Bandeira de Mello, sustenta nos bastidores posicionamento semelhante ao da atual diretoria em relação à tragédia com os jogadores das categorias de base do clube no Ninho do Urubu.

Assim como a gestão atual, a anterior faz ponderações em relação a irregularidades apontadas pela prefeitura. Diz, por exemplo, que os contêineres que pegaram fogo não apareciam no projeto enviado às autoridades municipais porque ele se referia à nova obra. Nela, a área dos dormitórios improvisados se transformaria em estacionamento. Outro argumento é de que seria impossível esconder a existência dos alojamentos, já que eles foram instalados há anos e que várias equipes de órgãos municipais foram durante esse período no centro de treinamento e não teriam como não visualizar essas estruturas.

Porém, como mostrou o Blog do Mauro Cezar, a prefeitura afirma que em nenhum dos projetos (antigo ou recente) apresentados à ela está escrito que o local receberia os dormitórios dos atletas.

Também em sintonia com os dirigentes atuais, a antiga direção não vê, pelo menos sem uma investigação completa por parte dos órgãos competentes, relação entre os contêineres e o incêndio. Pelo contrário. A estrutura dada aos meninos é descrita como a melhor do Rio de Janeiro em termos de categorias de base, apesar de os alojamentos serem em contêineres.

Noutro ponto semelhante, o comando que antecedeu à atual gestão fala na hipótese de um pico de energia ter causado o problema no ar-condicionado que teria causado o desastre.

A versão sobre a autorização a ser emitida pelo Corpo de Bombeiros também é parecida com dos novos diretores: o processo estaria no final, com as últimas exigências sendo atendidas pelo clube.

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.