Opinião: São Paulo já entrou derrotado no Morumbi
Um time que não consegue corrigir seus erros só tem uma fórmula para reverter a derrota por 2 a 0 no primeiro jogo de um mata-mata: acreditar na virada na partida de volta, sufocar o adversário, contaminar torcida e não desistir até o fim. O São Paulo não fez nada disso nesta quarta (13), no Morumbi, emperrou no empate sem gols com o Talleres e está eliminado da Libertadores antes da fase de grupos. Deu adeus ao torneio sem chegar a falar olá.
A impressão que ficou, pelo menos para este blogueiro, é de que os tricolores já entraram derrotados em campo. Os comandados de Jardine não sentiram o jogo decisivo. O treinador não conseguiu mandar a campo uma equipe com sangue nos olhos. O estilo burocrático ajudou a criar a imagem de que os são-paulinos apenas esperavam a hora de o fracasso se tornar oficial.
As doses de apatia e ineficiência fizeram a torcida sentir o golpe. Tanto que com menos de 20 minutos de segundo tempo parte do estádio tinha pulmões para ofender Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do clube e um dos responsáveis pelo fiasco, mas não para empurrar a equipe.
De novo, o time paulistano foi lento em todos os setores e particularmente burocrático na criação. Faltou alguém também que decidisse. Aquele cara que num lance individual desequilibra, marca o gol e faz o estádio inteiro acreditar no que parece impossível.
Por sua vez, os argentinos foram gelados e pouco falharam. Jogaram de forma compacta, marcaram com competência. Souberam cozinhar o adversário que deu seus sinais de descontrole, como na expulsão de Everton, que tirou sangue do rosto de Diaz com a chuteira. Ficar com um a menos era o que faltava para o dono da casa decretar de vez o seu fracasso. Daí para frente era só esperar o desfecho inevitável, com o São Paulo saindo de campo como entrou: "derrotado", apesar do empate no placar.
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