Sete dúvidas de conselheiros do Corinthians sobre contrato com BMG
Luís Paulo Rosenberg, diretor de marketing do Corinthians, concedeu entrevistas exclusivas na semana passada ainda na tentativa de esclarecer pontos do contrato de patrocínio do clube com o BMG. Porém, apesar das novas declarações, conselheiros alvinegros seguem cheios de dúvidas sobre o acordo. A maioria deles pretende pedir explicações nesta segunda (4), em reunião do Conselho Deliberativo que tem como pauta a gestão da arena em Itaquera.
Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do clube disse que não se manifestaria sobre o assunto, já que as respostas devem ser dadas diretamente aos membros do conselho.
Abaixo, veja as principais dúvidas dos conselheiros.
1 – Versão oficial
"Rosenberg deu várias versões sobre o contrato. Precisamos que ele esclareça no Conselho Deliberativo qual a versão oficial do clube", afirmou o conselheiro Romeu Tuma Júnior, um dos oposicionistas derrotados por Andrés Sanchez na última eleição presidencial alvinegra. Sua declaração resume o sentimento dos que acreditam ser necessária no órgão uma exposição clara e definitiva sobre os termos do acordo.
2 – Adiantamento
Um dos pontos mais duvidosos para os membros do Conselho Deliberativo é em relação ao adiantamento de R$ 30 milhões que Rosenberg disse ter sido feito pelo banco. Em entrevista à ESPN Brasil, o dirigente afirmou preferir dizer apenas que o clube recebeu R$ 30 milhões, mas que não está errado afirmar que foram adiantadas duas cotas fixas anuais de 12 milhões cada e R$ 6 milhões referentes à divisão em partes iguais de lucros gerados pela adesão de corintianos a produtos da parceria. "Esses R$ 6 milhões são adiantamento apenas de 2019 ou do contrato todo? Se não batermos, temos que devolver?", disse Felipe Ezabella, também derrotado por Andrés na eleição.
3 – Consulta aos órgãos do clube
A diretoria deve ser questionada sobre o motivo de não ter levado antes o contrato para discussão no Conselho Deliberativo e se promoveu o debate no Cori (Conselho de Orientação do Corinthians). Como o contrato pode chegar a cinco anos de duração, existem dúvidas se a atual diretoria poderia fechar o acordo sem tais consultas já que o prazo extrapola sua gestão.
4 – Reajustes
"Partindo do pressuposto de que são R$ 12 milhões fixos, queria saber se tem reajuste para 2021 e os demais anos, já que para 2020 já foi adiantado", questionou Ezabella.
5 – Rescisão
De acordo com a diretoria corintiana, depois dos dois primeiros anos de contrato as partes podem exercer uma cláusula de saída se não estiverem satisfeitas com o acordo. Há dúvidas entre os conselheiros sobre se existem valores mínimos especificados para permitir a rescisão e se existem outras condições para o encerramento do compromisso.
6 – Cálculos
Pelas contas de Rosenberg, se o BMG conseguir 200 mil correntistas corintianos por ano a meta de R$ 30 milhões anuais (contando a cota mínima fixa) será alcançada. Há dúvidas sobre como foi feita essa projeção. "Que estudo eles usaram para chegar nesse número? Qual a base? Eles precisam mostrar isso", afirmou Tuma Júnior. Ezabella questiona também qual será a periodicidade da apuração dos rendimentos referentes à participação corintiana nos lucros e dos pagamentos a serem feitos pelo banco.
7 – Oferta misteriosa
Em sua entrevista para a ESPN Brasil, Rosenberg disse que até o último momento antes de assinar com o BMG tinha uma proposta de patrocínio tradicional para o peito da camisa do Corinthians por dois anos, mas que o rejeitou por considerar o acordo com o BMG mais interessante. "Então ele precisa mostrar para o conselho essa proposta. Qual era a empresa, quais eram os valores?" disse Tuma Júnior.
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