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Críticos do "Corinthianismo" têm planos para tentar engavetar campanha

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06/03/2019 11h43

Conselheiros do Corinthians incomodados com a campanha que compara torcer para o clube a uma religião ainda falam em tentar  "cancelar" o projeto publicitário.

Líderes dessa ala afirmam que o clube precisa engavetar o "Corinthianismo" para evitar confronto com instituições religiosas.

A ideia é convencer o presidente Andrés Sanchez a deixar de veicular a campanha, aos poucos, até que ela mergulhe no esquecimento. A eventual venda de produtos ligados ao projeto seria prejudicada.

Como mostrou o blog, a iniciativa já começou a perder espaço nas mídias alvinegras. A principal mudança foi a retirada  do escudo estilizado do clube dos comunicados oficiais da agremiação. Nas fotos de divulgação de vídeos do canal cotintiano no YouTube, no entanto, o símbolo ainda aparece.

De acordo com a assessoria de imprensa do Corinthians a mudança já estava prevista para abrir espaço para a campanha "Respeita as minas" e não tem relação com críticas.

Membro da diretoria, porém, disse ao blog que a direção decidiu deixar de usar o distintivo do "Corinthianismo" para respeitar o estatuto. As regras alvinegras estabelecem que o escudo só pode ser alterado com aprovação do Conselho Deliberativo, que não foi consultado.

O grupo de críticos da campanha se sente fortalecido após Luís Paulo Rosenberg pedir demissão do cargo de diretor de marketing pouco depois de seu afastamento ser cobrado por eles via carta a Andrés. O suposto  desrespeito do "Corinthianismo" a religiões era um dos argumentos contra o diretor.

Eles acreditam ter poder de negociação com Andrés para brecar o trabalho publicitário. Não colidir com a igreja católica será um dos principais argumentos. Como publicou o blog, o uso de símbolos religiosos gerou incômodo na Arquidiocese de São Paulo.

 

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.