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Trunfo do São Paulo, velocidade ameaça ponto crítico do Palmeiras: o fôlego

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30/03/2019 04h00

Foto: Marcello Zambrana/AGIF

Na opinião deste blogueiro, um dos principais trunfos do São Paulo, a velocidade de seus jovens habilidosos, é ameaça justamente a um ponto que tem preocupado Felipão no Palmeiras: o preparo físico. Esse contraste deve ser uma das marcas do primeiro confronto entre os dois rivais pelas semifinais do Campeonato Paulista, neste sábado (29), às 18h no Morumbi.

Scolari já reclamou publicamente da queda de rendimento de sua equipe no segundo tempo, embora isso não tenha acontecido na goleada por 5 a 0 sobre o Novorizontino, pelas quartas de final. Uma das queixas foi feita após o empate por 0 a 0 com a Ferroviária durante a primeira fase da competição. O treinador não citou os nomes dos jogadores que estariam caindo de produção. Ele pode entrar campo com dois veteranos: Edu Dracena, 37 anos (que corre o risco de perder a vaga para Gustavo Gómez, 25 anos) e  Felipe Melo, 35 anos.

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Já o São Paulo cresceu depois que foi rejuvenescido por Vagner Mancini nas quartas de final. Liziero, 21 anos, Luan, 20, Igor Gomes, 20 anos, e Antony, 19 anos aumentaram a rotação tricolor. Mais leve, rápido e habilidoso, o time subiu de rendimento. A tendência é que Mancini explore essa rapidez no clássico, transformando o jogo em prova de fogo para o preparo físico palmeirense.

Felipão precisa do fôlego de seus meias e atacantes até o final da partida para não encolher demais e dar espaços para o adversário. Por outro lado, o gás também é importante para encaixar rápidas trocas de bola entre Goulart, Scarpa e Dudu para surpreender a defesa adversária.

Assim, na opinião deste blogueiro, o milionário time do Palmeiras precisará tanto dos pulmões de seus jogadores quanto da habilidade deles para superar o São Paulo nas semifinais.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.