Acusado de aliciar jogador do América-MG, Cruzeiro é barrado de torneio
Acusado de aliciar um jogador das categorias de base do América-MG, o Cruzeiro foi barrado da Nike Premier Cup, importante competição sub-15 marcada para maio. A decisão foi tomada pelos organizadores depois de integrantes do Movimento dos Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCFFB) enviarem uma carta ameaçando não jogar o torneio se a equipe da Toca da Raposa, que nega o aliciamento, participasse da disputa. Eles acusam os cruzeirenses de aliciarem o atacante Vítor Roque, de 14 anos, que deixou sua ex-equipe.
Os membros do movimento só aceitariam participar da competição com o Cruzeiro caso Vitor Roque fosse "devolvido" ao América ou se uma indenização fosse paga. Isso não aconteceu até agora.
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No final da tarde desta terça (16), a assessoria de imprensa da Nike respondeu à pergunta feita pelo blog sobre o tema com a afirmação de que o Cruzeiro não estará na disputa. "A Nike acredita fortemente em ética e fair play, tanto nos negócios como no esporte, e, acatando a solicitação da maioria dos clubes inscritos na Nike Premier Cup, o Cruzeiro Esporte Clube não participará da competição", afirma nota enviada ao blog.
Por sua vez, os cruzeirenses negam ter aliciado o atleta do América. "Não fizemos nada de errado e não fomos comunicados que estamos fora da competição (Nike Premier Cup). Só ouvimos boatos vindos do América", afirmou Guilherme Cruz, superintendente de futebol de base do Cruzeiro. Em março, ele havia dito ao UOL Esporte que o jogador não tinha mais vínculo com o América, passou por testes e foi aprovado para atuar na base cruzeirense.
O movimento contra a presença do Cruzeiro no evento da Nike é só a primeira medida do MCFFB. "Se a situação continuar como está, vamos manter o boicote ao Cruzeiro nas próximas competições das categorias de base", disse Eduardo Freeland, presidente do MCFFB e coordenador das categorias de base do Flamengo. A ideia é manter o veto aos cruzeirenses em todas as competições de jovens que não forem organizadas por CBF, federações e Fifa. Copa São Paulo e Taça BH estão nessa relação.
"Não posso ser leviano de forçar o jogador a jogar pelo meu clube. Se ele quiser ficar no Cruzeiro, a legislação prevê que nesse caso seja paga uma indenização de até 200 vezes o que você investiu no jogador. O Cruzeiro primeiro disse que o atleta foi oferecido a eles, depois que fez uma peneira. Estou esperando a terceira versão", declarou Paulo Bracks, executivo de futebol de base do América.
Com Vítor Roque, o América foi vice-campeão mineiro da categoria sub-14 em 2018. O jogador terminou a competição como artilheiro, com oito gols.
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