Opinião: deficiências e Santos forçaram Corinthians a jogar na retranca
Na opinião deste blogueiro, o Corinthians jogou excessivamente na retranca na partida em que se classificou para a final do Paulista não porque Carille quis, mas porque o Santos explorou bem duas de suas deficiências e o encurralou na defesa.
Como de costume, o time de Sampaoli marcou bem a saída de bola do adversário. Sair jogando da defesa sob pressão é uma das dificuldades corintianas. Apertados, os alvinegros com frequência apelam para os chutões. Outra deficiência da equipe é a transição com velocidade para o ataque. As bolas estouradas muitas vezes não encontravam ninguém do time de Itaquera na frente. Quando encontravam, chegavam a um comandado de Carille isolado, já que seus companheiros não partiam para o ataque com a velocidade necessária. Assim, o corintiano com a bola não enxergava um colega próximo para fazer o passe. Assim, a tendência era a bola ficar com os santistas, que rapidamente voltavam ao ataque.
O posicionamento ofensivo do Santos fazia o Corinthians se encolher para preencher os espaços na defesa. E o ciclo se repetia. Dificuldade para sair jogando, perda de bola ou chutões sem endereço ou para um companheiro isolado e volta da equipe do litoral ao ataque. Dois lances ilustram esse cenário: uma perda de bola de Pedrinho na defesa que resultou em chance do Santos barrada por Cássio e um chutão de Clayson para o campo de ataque vazio. Ambos ocorreram no primeiro tempo. Com essa rotina, o Corinthians errou 40 de seus 166 passes, de acordo com o site "Footstats". O índice de acerto foi de aproximadamente 76%. Já o Santos acertou 473 trocas de bola e errou 50. Registrou acerto de aproximadamente 90,4%
O mais preocupante para Carille é o fato de as dificuldades para sair jogando diante de uma marcação avançada e a lentidão na transição ofensiva serem crônicas. Para pelo menos um membro da comissão técnica ouvido pelo blog, falta rapidez especialmente a Ralf para melhorar o rendimento nos contra-ataques, levando-se em conta seu poder de desarme. Uma alternativa seria a entrada de Richard, mas o reserva não mostra a mesma eficiência do titular na marcação. Ou seja, a equipe não ficaria tão bem protegida, em tese. Além disso, Richard ainda não mostrou um apoio ao ataque fora do normal.
Até domingo (14), quando acontece o primeiro jogo da final estadual com o São Paulo, o treinador corintiano certamente quebrará a cabeça para tentar impedir a repetição do que aconteceu no Pacaembu.
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