Oposição corintiana critica contas e fala em gasto de R$ 20,6 mi com Araos
Na noite deste sábado (13), o Movimento Corinthians Grande (MCG), uma das alas oposicionistas no clube, divulgou em suas redes sociais manifesto se posicionando contra a aprovação das contas referentes a 2018. O balanço será votado na próxima segunda (15). O grupo alega falta de informações sobre os números relativos à arena alvinegra no relatório financeiro para justificar sua posição. Porém, cita preocupação com os gastos na aquisição de jogadores e aponta um investimento de R$ 20,6 milhões em Ángelo Araos, que veio da Universidad de Chile e é pouco aproveitado por Fábio Carille. Os opositores também cravam que o alvinegro desembolsou R$ 52,9 milhões na aquisição de atletas em 2018.
Apesar de pedir a reprovação do balanço, o MCG afirma que a apresentação dos números operacionais foi "detalhista, acompanhada de parecer de uma renomada auditoria sem ressalvas", além de terem sido aprovados pelos conselhos fiscal e de orientação por unanimidade. Os oposicionistas também escreveram que "não há nada que sugira qualquer deslize de conduta. Entretanto, os números mostram preocupantes problemas de gestão, que nos obrigam a ser cada vez mais vigilantes".
Matias Antonio Romano de Ávila, diretor financeiro corintiano, não confirmou os números apresentados pelos oposicionistas e disse que não pode se manifestar "antes da aprovação" do balanço. "Será aprovado com louvor, pois está tudo demonstrado com a maior transparência. Esta chapa será sempre oposição à atual administração", declarou o dirigente. Na última eleição, vencida por Andrés Sanchez, o MCG lançou Felipe Ezabella como candidato à presidência.
O MCG diz que "a despeito de nossa justa posição financeira, foram realizados diversos investimentos em atletas". Além de Araos, o comunicado descreve gastos de R$ 9,8 milhões com Richard, reserva do time, e de R$ 6,6 milhões com Douglas, emprestado ao Bahia. Também foram relacionadas compras de parcelas dos direitos federativos de Juninho Capixaba (R$ 6 milhões), Mateus Vital (R$ 5,5 milhões), Marllon (R$ 2,3 milhões) e Fessin (R$ 2 milhões). Nenhum valor foi confirmado pelo diretor financeiro.
Arena
Os opositores dizem não existir motivos para a não apresentação de informações sobre os números do estádio alvinegro no balanço. E sustentam que em 2018 o clube gastou quase R$ 8 milhões acima do previsto com a arena. Isso sem contar a receita obtida com bilheteria.
Ávila respondeu assim: "em relação aos custos e compromissos da arena, eles não passam pelo balanço do clube. São administrados pelo fundo da arena, não pelo clube.
Em relação a custos da arena estavam orçados R$ 23 milhões, mas foram gastos menos de R$ 8 milhões. Exemplos de gastos: gramado, sócio-torcedor e outras atividades que não têm nada a ver com jogos".
Abaixo, leia na íntegra o comunicado do MCG.
O MCG, com frequência, envia ofícios de solicitação de informações analíticas da Arena, apresentação prometida até em reuniões do conselho e nunca exibidas.
Apesar das frequentes declarações da diretoria executiva sobre a redução e contenção de despesas, a realidade de 2018 mostra-se BEM distinta.
A despeito de nossa justa situação financeira, foram realizados diversos investimentos em atletas.
Como consequência da não adequação das despesas, o déficit ajustado do clube, hoje, alcança R$ 40,5 milhões – equivalente a 10% da receita operacional.
Como resultado do excesso de despesas e investimentos, nosso endividamento sofreu forte impacto, que inclusive nos levou a considerar obter empréstimos de agentes de jogadores.
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