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Por que ida do técnico do sub-20 ao Botafogo é golpe para o Corinthians?

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15/04/2019 08h44

A perda de Eduardo Barroca, ex-técnico do sub-20 do Corinthians, para o time profissional do Botafogo, é um golpe considerável no planejamento do alvinegro paulista. O treinador era peça importante no projeto corintiano de dar um perfil de jogo padronizado aos jogadores do clube. Ele era um dos principais responsáveis por desenvolver o que seus ex-chefes chamam de estilo de jogo com protagonismo. Ou seja, atuando sempre em busca de gols e vitórias.

O maior exemplo dado no Parque São Jorge é a equipe que foi comandada pelo agora botafoguense na última Copa São Paulo. Com marcação alta e trocas rápidas de passes, o time de Barroca tentava sempre pressionar os adversários. O resultado foi elogiado por seus superiores já que o elenco não era considerado o mais forte dos últimos anos na categoria, mas chegou às semifinais.

O treinador também tinha importante papel na transição dos atletas da base para o profissional. Pequenos grupos de jogadores do sub-20 passam dias treinando com o profissional e depois retornam para a equipe de jovens. O técnico era encarregado de lapidar os meninos para que eles estivessem preparados para atender as exigências táticas de Fábio Carille.

Na semana retrasada, este blogueiro visitou as categorias de base do Corinthians para conhecer o projeto de reestruturação feito pelo clube. O papel de destaque de Barroca no processo ficou evidente. Durante a conversa com o blog, a direção corintiana recebeu vídeo enviado pelo técnico por celular mostrando seu trabalho tático no último treino. Isso fazia parte de sua rotina. Ele trabalhava colado na equipe de analistas de desempenhos da base.

Pelo que os corintianos disseram na ocasião, o Botafogo passa a ter um treinador obcecado por tática, meticuloso no trabalho, sintonizado com modernas ferramentas de análise de desempenho e ofensivo. Barroca era o técnico dos sonhos da base corintiana.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.