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Opinião: Casemiro seria melhor capitão para seleção do que Daniel Alves

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28/05/2019 13h16

Seria arrogante por parte deste blogueiro dizer que Tite errou ou acertou ao dar a a faixa de capitão da seleção brasileira para Daniel Alves. Porém, com tranquilidade, posso analisar e discordar da escolha.

Claro que Dani é preparado para o posto. É um dos líderes da seleção, tem história no time nacional, ostenta currículo vencedor e é respeitado por companheiros adversários e árbitros.

Mas o lateral estará com 39 anos quando chegar a  Copa do Qatar. É possível que não esteja lá.

Só isso é suficiente para avaliar que Tite deveria escolher outro nome. O treinador está perdendo a chance de construir um novo líder, algo que a seleção precisa.

Outra questão é a ligação de Daniel Alves com Neymar. O lateral age como um irmão mais velho do astro de PSG.

Tite tirou a faixa de capitão de Neymar após ele agredir um torcedor depois da final da Copa da França. A mudança de status soa como castigo. A braçadeira não deve ser usada para punir  nem amansar jogadores. Mas, já que Tite escolheu esse caminho, me parece improdutivo transformar em capitão alguém tão ligado a Neymar

A seleção precisa parar de girar em volta do craque polêmico. Um capitão menos ligado a ele seria mais saudável.

Acredito que uma escolha melhor do que Daniel Alves seria Casemiro. O volante é uma das lideranças técnicas da seleção, terá 30 anos no próximo Mundial e é respeitado internacionalmente.

Casimiro também é amigo de Neymar, mas tem uma postura menos protetora em relação ao colega do que Dani.

O volante foi o capitão nos amistosos contra Panamá e República Tcheca, sem Neymar e Daniel Alves em campo.  Parecia existir um projeto para ele assumir a  função de vez. Ficou só na impressão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.