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Opinião: por que mesmo com escalação ousada, Corinthians teve ataque fraco?

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16/05/2019 16h03

Mesmo iniciando o jogo com uma escalação teoricamente ofensiva, com Ralf como único volante de origem, e Boselli e Love jogando juntos, o Corinthians não foi forte no ataque na derrota por 1 a 0 para o Flamengo, nesta quarta (15), pela Copa do Brasil. Isso ocorreu por uma série de motivos. Confira a seguir.

Posicionamento

Os meio-campistas corintianos se preocuparam muito em manter seus postos na faixa central do gramado para não dar espaços ao rival. Isso funcionou defensivamente, gerando dificuldades para a criação do Flamengo.

Mas, ofensivamente não deu certo. Na maioria das vezes, o alvinegro chegava ao ataque em desvantagem numérica em relação à defesa flamenguista.

Distância

Esse posicionamento quase fixo dos meio-campistas alvinegros fazia com que quem estivesse com a bola no campo de ataque contasse com poucas opções para fazer o passe na maior parte do tempo.

O principal exemplo foi o sofrimento de Clayson, que em diversas oportunidades foi marcado por dois ou até três rivais sem receber ajuda dos companheiros.

Lentidão

De novo, o time de Fábio Carille sentiu a falta de jogadores capazes de fazer a transição para o ataque em velocidade, sem abusar dos passes laterais e para trás. A bola "engasgada" no meio-campo dava tempo para a defesa do Flamengo se reorganizar.

Passes errados

Os erros nas trocas de bola também impediram que o alvinegro contra-atacasse com rapidez. O índice de acerto de passe da equipe de Carille foi de 86%, pior que o do Flamengo, que também não foi brilhante nesse quesito, registrando precisão de 88,41%.

Falta de pontaria

Quando teve a chance de finalizar, o Corinthians errou na maioria das vezes. Acertou apenas dois arremates e errou cinco. Já o Flamengo, finalizou com eficácia quatro vezes e falhou em seis.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.