Topo

Perrone

Opinião: Alisson desbanca Neymar como principal jogador da seleção

Perrone

02/06/2019 13h07

Quando se apresentar à seleção brasileira para a disputa da Copa América, Alisson vai quebrar uma rotina na seleção brasileira. Na opinião deste blogueiro, pela primeira vez, desde 2013, na Copa das Confederações, o jogador mais importante no time nacional, com status mais elevado na Europa, não será Neymar. O goleiro do Liverpool merece o trono.

Alisson no mínimo manteve na final da Champions, no último sábado (1º), o alto nível de suas atuações nesta temporada e foi decisivo para a conquista do título sobre o Tottenham. Após difíceis defesas, o brasileiro deixou o gramado festejado por companheiros, pelo técnico Klopp e pela torcida como protagonista da decisão.

Hoje, na análise do blog, ele tem mais condições de desequilibrar uma partida a favor do Brasil do que Neymar. De onde tirei isso? da comparação das atuações dos dois na última temporada.

O goleiro foi mais decisivo para o Liverpool do que Neymar, prejudicado por nova lesão, para o PSG.

Alisson decide não só com defesas impressionantes, mas também com lançamentos precisos para seus atacantes em momentos em que o adversário pressiona a saída de bola do Liverpool. Como Firmino, outro campeão europeu, também está convocado, Tite pode aproveitar o entrosamento entre ambos para fazer da ligação direta uma arma da seleção.

Na comparação entre o que os dois atletas entregaram para suas equipes nesta temporada, temos larga vantagem de Alisson. O goleiro foi contratado para resolver um ponto que era considerado frágil pelo Liverpool, então vice-campeão da Champions. Deu certo. Virou um dos principais jogadores de um time estrelado e terminou a temporada com a faixa do torneio mais cobiçado da Europa no peito.

Por sua vez, Neymar desembarcou em Paris para transformar o PSG em campeão europeu. Nada feito. Além disso, ele tem sua condição de protagonista do time ameaçada por Mbappé.

As trajetórias distintas justificam o tratamento distinto dado por comentaristas de diferentes países aos dois brazucas. O goleiro é tratado por muitos como o melhor do mundo em sua posição. Já o atacante é visto por boa parte com desconfiança ou como quem precisa dar a volta por cima imediatamente para ainda poder sonhar com o título de melhor do mundo. Este blogueiro, otimista, está na segunda turma.

 

 

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.