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Antony ganhará cinco vezes mais em início de novo contrato

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24/07/2019 04h00

Com José Eduardo Martins, do UOL, em São Paulo

O novo contrato de Antony com o São Paulo assegura ao jogador uma remuneração cerca cinco vezes maior do que a antiga. Isso num primeiro momento. A nova estrutura contratual prevê gatilhos anuais que podem fazer com que a revelação tricolor esteja ganhando em junho de 2024, quando termina o novo trato, até por volta de 14 vezes mais do que o pagamento previsto em seu vínculo anterior, de acordo com fonte ligada ao atleta.

A reportagem teve acesso a valores sob a condição de não publicar os números. O acordo foi fechado depois de o clube do Morumbi recusar uma oferta que poderia chegar a 25 milhões de euros (aproximadamente R$ 104,89 milhões) feita pelo Manchester City em parceria com o Sporting, equipe que o jogador defenderia por pelo menos um ano.

As duas partes tiveram que ceder para a confecção do novo contrato, mas o resultado atendeu aos anseios de Antony, que entende ser importante para sua carreira amadurecer jogando pelo São Paulo e ajudando o time a tentar voltar a conquistar títulos. Em seu ponto de vista, isso colaboraria para ele aumentar a identificação com seu time atual, conseguir uma transferência ainda melhor do que a vetada pelo clube recentemente e chegar ao futebol europeu com um pouco mais de experiência.

Antes da renovação, o estafe do jogador acreditava na possibilidade de uma nova oferta da Europa chegar ainda nesta janela de transferências. Agora, essa hipótese é tida como remota. O discurso é de que os próprios profissionais que trabalham para o atleta sinalizaram ao mercado que a saída neste momento seria difícil. O plano é que ele permaneça no time pelo menos até o início da janela de negociações na Europa que se abre perto da metade do ano que vem. O entendimento no entorno de Antony, no entanto, é de ser praticamente impossível que ele não deixe o São Paulo antes de o contrato atual chegar ao fim.

Apesar da renovação antecipada, a multa rescisória foi mantida em 50 milhões de euros (cerca de R$ 209,7 milhões). A diretoria preferiu não tornar a cláusula penal mais alta para o mercado exterior por entender que a quantia atual é mais próxima da realidade. O compromisso anterior terminaria em setembro de 2023.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.