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Empresa que geria Fiel Torcedor recebe R$ 14 mi em rescisão com Corinthians

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15/08/2019 04h00

Para rescindir seu contrato com o Corinthians a Omni, responsável por implementar e gerir o programa de sócio-torcedor do clube, assegurou uma indenização de R$ 14 milhões divididos em 60 prestações mensais com correção pelo IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado). Quando o distrato foi acertado faltavam 14 meses para o compromisso acabar. O anúncio da troca da antiga parceira pela IBM na operação do Fiel Torcedor foi feito em dezembro do ano passado.

Procurada pelo blog por meio de sua assessoria de imprensa, a diretoria alvinegra afirmou que não comentaria o assunto. Marta Alves de Souza Cruz, sócia da Omni, não respondeu até a publicação deste post a questionamentos feitos por este blogueiro sobre o tema por meio de mensagem pelo WhatsApp.

Duas fontes ligadas ao presidente corintiano, Andrés Sanchez, confirmaram ao blog o valor e a forma de pagamento da indenização. Também afirmaram que foi construída uma engenharia financeira no contrato com a IBM que evita que o clube tenha prejuízo com a quantia paga à antiga parceira. A explicação é de que a mensalidade repassada para a Omni é descontada do montante a ser pago mensalmente para a IBM.

O contrato com a Omni era um dos mais criticados por conselheiros do clube, que consideravam altas as taxas cobradas pela empresa.

Diferentes diretorias foram pressionadas para tirar a Omni de todas as operações no Corinthians.

A empresa também deixou de administrar o estacionamento da arena corintiana, mas mantém outras atividades no clube.

A Omni chegou ao alvinegro com Andrés na presidência e Luis Paulo Rosenberg no marketing, na passagem anterior da dupla pela direção, e teve dois contratos rescindidos com os mesmos cartolas no comando. Rosenberg, porém, não faz mais parte da diretoria na atual gestão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.